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Deceção com a visita do PM a Santo Antão: Líder regional do PAICV contesta que Ulisses Correia e Silva foi com uma mão cheia de nada sobre as promessas eleitorais 02 Outubro 2023

A presidente da Comissão Política Regional do PAICV em Santo Antão lamenta que o Primeiro-ministro tenhado chegado a ilha, no final da semana passada, «com uma mão cheia de nada e a outra cheia de coisa nenhuma». Elisa Pinheiro critica que Ulisses Correia e Silva, que praticamente foi fazer o turismo, dececionou os santantonenses por não assumir o compromisso de concretizar as promessas eleitorais feitas durante a campanha nas últimas legislativas.

Deceção com a visita do PM a Santo Antão: Líder regional do PAICV contesta que Ulisses Correia e Silva foi com uma mão cheia de nada sobre as promessas eleitorais

«Santo Antão quer ver o arranque de projetos e ações concretas para impulsionar o desenvolvimento da ilha. Depois dos enormes progressos alcançados durante os governos do PAICV, Santo Antão mergulhou na estagnação nesses últimos sete anos. E hoje temos mais desesperança, mais desemprego, mais pobreza e cada dia menos população que migra em busca de vida melhor», fundamenta.

Para Elisa Pinheiro, o Primeiro-ministro já demonstrou ser um governante sem palavra. «E em Santo Antão sempre fomos habituados que a palavra de um homem deve ser apenas uma.Por isso, basta de promessas para continuar a enganar as pessoas! Os santantonenses já estão muito cansados por não verem os compromissos assumidos a concretizarem-se», alerta.

Segundo a líder da CPR Santo Antão, Ulisses Correia e Silva chegou a ilha com a ladainha de sempre da promessa do aeroporto para a ilha. «Mais uma vez, o Senhor Primeiro-ministro veio com a mesma ladainha da promessa do aeroporto para Santo Antão. Muito sinceramente, depois de sete anos de promessas, a população quer ver o início das obras. Queremos saber definitivamente em que pé estão as coisas Senhor Primeiro-Ministro? Será que os estudos técnicos estão concluídos? Qual é o resultado? Será que o financiamento existe? Enfim, não restam dúvidas que a estratégia é continuar a empurrar o assunto com a barriga até as próximas eleições. Mas quem vai acreditar?», questiona.

Mas a responsável regional do maior partido da oposição não fica por aí. Denuncia também o atraso na implementação do projecto de expansão do Porto do Porto Novo. «Já o Projeto da 2ª Fase da Expansão do Porto do Porto Novo, enquanto infraestrutura importantíssima para o desenvolvimento do turismo de cruzeiros, parece estar morto para também ser ressuscitado nas próximas campanhas eleitorais», adverte.

Turismo e falta de infraestruturas

Elisa Pinheiro diz, no entanto, que o seu partido congratulou-se com a realização da Primeira Conferência Internacional sobre o Turismo de Natureza na ilha das montanhas. Mas pede menos conversa e mais obras. « Mas só conversa não basta. Para que isso aconteça, é preciso: boas políticas, realizar projetos, construir e melhorar estradas e acessos, hotéis, melhorar os transportes, melhorar a rede de saúde, capacitar as populações, etc.».

A conferencista questiona, por outro lado, que com o caos no sector dos transportes marítimos e aéreos, como é que os cabo-verdianos vão conseguir viajar? Quem consegue pagar os preços exorbitantes das passagens? Como visitar a nossa ilha e chegar ao destino no tempo pretendido, sem stresse e constrangimentos nestas situações?

«Enquanto passeava por Santo Antão, a CV Internilhas surpreendeu os cabo-verdianos com a subida exponencial do preço de transporte de mercadorias por via marítima. Isto com a aprovação do Governo do Senhor Primeiro-ministro, que nem se dignou dar uma satisfação à população de Santo Antão. Mas ainda bem que, à semelhança daquilo que já nos habituou, não passou de mais um teste experimental à reação das empresas e famílias cabo-verdianas, e felizmente os responsáveis da CVI foram obrigados a recuar. Porque, caso contrário, seria mais uma afronta aos Santantonense», analisa Elisa Pinheiro, para quem para que o turismo possa desenvolver é necessário que hajam mais infraestruturas de apoio ao setor, bem como políticas públicas capazes de estimular o crescimento do turismo, que deve ir ao encontro das aspirações dos operadores económicos e turísticos da ilha de Santo Antão.

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