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Deputado timorense do PLP renuncia ao cargo para apoiar Fretilin antes da campanha 03 Abril 2023

O deputado timorense do Partido Libertação Popular (PLP) Cornélio Gama, conhecido como L-7, vai formalmente renunciar ao cargo na terça-feira, depois de declarar que vai apoiar o maior partido no parlamento, a Fretilin.

Deputado timorense do PLP renuncia ao cargo para apoiar Fretilin antes da campanha

“O senhor deputado Cornélio Gama confirmou à bancada que decidiu apoiar a Fretilin e confirmou que na semana passada já participou em atividades conjuntas com camaradas da Fretilin”, disse à Lusa a vice-presidente do parlamento e deputada do PLP, Angelina Sarmento.

“Hoje o deputado confirmou que decidiu, por isso, renunciar voluntariamente ao mandato. Vai assinar a carta de renúncia ao cargo e, amanhã, após leitura da carta de renúncia vai ser substituído por Ernesto da Silva, ex-coordenador do PLP em Ainaro”, explicou.

A Lusa tentou, sem sucesso, contactar com Cornélio Gama, que ainda antes deste anúncio já não fazia parte da lista de candidatos do PLP a deputados apresentada ao Tribunal de Recurso quando o partido formalizou a sua candidatura às eleições legislativas de 21 de maio.

Veterano da resistência e deputado do PLP desde 2017, Cornélio Gama foi, durante a luta pela independência de Timor-Leste, o responsável de uma organização conhecida como a Sagrada Família.

Em 2001, Cornélio Gama - nome código L-7, também conhecido por “Jibóia Grande” – disse à Lusa que em 25 de julho de 1989, lhe apareceu São José, algures nas montanhas da ponta leste de Timor-Leste.

“Apareceu-me. Eu estava no mato e ele disse que eu tinha que levar esta doutrina para todo o povo. Que tinha que rezar sempre para conseguir alcançar a vitória. A Sagrada Família é Jesus, Maria e José. E São José veio dizer que tenho que levar as fitas vermelhas para pedir a todo o povo para entrar na organização e na religião Católica”, disse.

“A Sagrada Família é uma coisa da natureza que apareceu dentro da guerra. Dentro da guerra organizei-os com uma fita vermelha, de coragem, para que fossem organizar depois todo o povo na clandestinidade”, referiu na altura.
A Semana com Lusa

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