“A reunião, que resultou de convite lançado pela Embaixada de Portugal, serviu para partilhar com este grupo de representantes eleitos o diagnóstico das dificuldades sentidas no agendamento e atendimento do CCV, bem como para dar conta das medidas que estão a ser tomadas pelos serviços consulares, numa altura de procura sem precedentes de vistos, agravada pelo açambarcamento digital”, lê-se em comunicado.
Entre as ações, estão um “projeto-piloto em desenvolvimento para inibir o açambarcamento” de vagas na Internet para pedido de visto, “atendimento sem agendamento para viajantes frequentes já em curso, melhorias na comunicação e uma campanha de informação nacional”, detalhou a embaixada.
O CCV emite, desde 2010, vistos de curta duração para o espaço Schengen em representação de 19 países europeus e é gerido por Portugal – contando desde março com novas instalações.
A comitiva que visitou o espaço era composta por deputados da Comissão Especializada de Relações Externas, Cooperação e Comunidades da Assembleia Nacional.
A embaixada portuguesa anotou sugestões “muito válidas de aperfeiçoamento do atendimento”, referindo ao mesmo tempo que a visita já permitiu constatar “melhorias substantivas das condições de trabalho” e “alterações feitas ao sistema de atendimento do público”.
De acordo com os números entregues aos deputados relativos à emissão de vistos, o CCV já recebeu este ano mais de 7.500 pedidos de visto, tendo emitido 5.283 vistos de curta duração (por oposição a 5.031 no mesmo período de 2022) e a secção consular da embaixada já emitiu 5.342 vistos (que contrastam com 1.948 emitidos em período igual de 2022).
O assunto tem sido recorrente: em abril, o Governo cabo-verdiano reconheceu no parlamento haver preocupação com os níveis de resposta de Portugal aos pedidos de visto, embora assumindo ter garantias do executivo português para melhorar o serviço.
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, assumiu na mesma altura - ao inaugurar as novas instalações do CCV - um compromisso de “reforçar a capacidade instalada, reforçar equipamentos e recursos humanos” na Praia, em diálogo com as autoridades cabo-verdianas. A Semana com Lusa
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