Quem não conhece um caso de doença renal que obriga o doente a ser "evacuado" para longe da sua casa, da sua ilha, do seu país?
Uma sondagem informal num universo de uma centena de pessoas (ao longo de um ano, em conversas pedagógicas) revelou que pelo menos 60% têm conhecimento de alguém que foi deslocado da sua casa da sua ilha do seu país para receber tratamento renal.
Há histórias, ainda por contar, de gente a sofrer mas teve o apoio solidário,por vezes até de desconhecidos. FM vinda de uma ilha para tratamento em Lisboa contava da solidariedade recebida em casa duma família.
Há alguns relatos publicados neste semanário ao longo de anos. Alguns já deram livros.
A doença renal está presente em Cabo Verde de uma forma que ou é pouco estudada ou não foi divulgada. Por exemplo, a prevalência em dertas ilhas deve-se a quê? Fatores ambientais, fatores socioeconómicos? Qual o peso da genética e hereditariedade? etc.
Um caso atípico
Há um ano correu mundo o caso de Chad Carswell (na foto)que recusou a vacinção anto-Covid, mesmo para salvar a vida.
Esse cidadão dos Estados Unidos de 38 anos, a precisar urgente de um transplante renal obteve o que muitos não consguem. Primeiro, contou com a solidariedade de pessoas que se ofereceram para lhe doar um rim.
Contou também com o apoio de várias empresas da Carolina do Norte que se ofereceram para pagar a dispendiosa operação de transplante.
O homem amputado das pernas, com várias cirurgias ao coração e em hemodiálise dia sim dia não, disse em entrevista à televisão da Carolina do Norte nativa, WSO, o motivo.
"A vacina não pode ser obrigatória, cada um tem de poder decidir", disse Chad. As mais de cem pessoas que se ofereceram para lhe doar um rim, disse Chad à WSOC, tinham de também estar vacinadas contra a Covid-19.
Por isso, o homem declinou a troca: "Nasci livre, morrerei livre", disse esse cidadão americano sobre quem passados mais de doze meses nada mais se soube, depois de fazer manchetes em sites noticiosos, como o BusinessInsider ou o Washington Post.