Graça Sanches fez esta declaração à Inforpress por ocasião do Dia da Mulher Cabo-verdiana, que se comemora hoje, 27 de Março.
“Nós só podemos fazer os outros felizes quando estamos em paz connosco. Falo isso porque nós as mulheres queremos carregar connosco todo o peso do mundo, querendo a perfeição e muitas vezes esquecemo-nos de nós mesmas. Muitas vezes estamos tristes e frustradas e não identificamos as razões, que, por vezes, vêm da nossa infelicidade interna. Cuidemo-nos de nós em primeiro lugar para estarmos bem, pois, quando estamos bem damos o melhor de nós com amor”, apontou.
Para a activista, os maiores desafios enfrentados pelas cabo-verdianas advém da pobreza, que afecta principalmente a motivação das mulheres, que, na sua maioria, são chefes de família, por isso mesmo defendeu a necessidade de se empoderar as famílias.
“Uma mulher fora da extrema pobreza é uma mulher que se sente motivada, que luta pela sua dignidade e, com isso, consegue mudar a sua vida e das pessoas ao seu redor”, defendeu.
Sanches acrescentou que falta ainda empoderar as famílias através de “ferramentas para o autoemprego, ou criando condições que possam estar activos na procura do emprego, enquanto nivelamos as oportunidades de emprego.
Segundo ainda a Inforpress, a activista defendeu ainda que para se ter igualdade de género, tem de se reconhecer o papel da mulher cabo-verdiana no processo de construção da Nação cabo-verdiana.
A ex-deputada, que tem trabalhado com foco na questão da igualdade de gênero, reconhece os ganhos obtidos na luta para igualdade, afirma que actualmente a mulher “consegue liderar e, sobretudo, mostrar que a igualdade de oportunidades não deve estar condicionada ao facto de ser Mulher”, salientou.
Graça Sanches apontou também que hoje as mulheres estão presentes em diversos “órgãos de decisão e esfera de poder, seja ela formal ou informal”, destacando que este cenário “demonstra que ela é um activo importante para a sociedade”.
“A Mulher Cabo-Verdiana é uma fonte de inspiração, é uma Mulher especial pois ela é resiliente. Não obstante aos desafios da vida, mantém-se firme aos seus propósitos de vida”, finalizou a ativista cabo-verdiana citada pela Inforpress.