Sob o tema “Por cuidados mais justos”, o acto central, realizado em parceria com hospitais centrais, delegacias e centros de saúde, visa conscientizar para a lacuna de equidade que afeta muitas pessoas, bem como reunir vários intervenientes para apresentar as acções em curso na matéria.

Durante o evento estão previstas actividades como palestras, debates sobre o papel das organizações não governamentais, ONG no combate ao cancro e apresentação das perspectivas, desafios, prioridades e resultados dos projectos de oncológicas nas estruturas de saúde.

Quanto à melhoria no acesso ao diagnóstico, tratamento e seguimento dos pacientes oncológicos, a DNS informa que tem implementado um conjunto de acções de sensibilização e prevenção, realizando rastreios nas comunidades, capacitação aos profissionais, protocolo e terapêuticos.

Deste conjunto de acções, destaca a formação da equipa técnica multidisciplinares em cuidados paliativos, a publicação do guia do cuidador, a inauguração serviço de oncologia do Hospital Agostinho Neto (HAN), destinado a melhoria dos tratamentos de quimioterapia, com capacidade para dez leitos, sendo dois adaptados para doentes com necessidades especiais, a criação e entrada em funcionamento do laboratório de biologia molecular do HAN, o Plano Estratégico Nacional de Controlo do Cancro 2018-2022, e a implementação do registo oncológico no Hospital Dr. Baptista de Sousa, em São Vicente.

De acordo com os dados, morrem anualmente cerca de 20 milhões de pessoas, e a perspetiva é que este número aumente para 13 milhões até 2030, segundo especialistas.

Em Cabo Verde as doenças oncológicas constituem a terceira causa de morte, nos últimos anos, e em 2021, 360 cabo-verdianos perderam a vida por esta causa, no entanto, mais de um terço dos casos de cancro pode ser evitado, outro terço pode ser curado se detectado precocemente e tratado adequadamente.

Ao implementar estratégias apropriadas, e recursos para a prevenção, detecção precoce e tratamento, garante a DNS, pode-se salvar até 3,7 milhões de vidas todos os anos.

Ações conscientes e determinadas, nomeadamente na área da prevenção, permitirão evitar milhões de mortes por cancro, constatou. Por isso, torna-se urgente, defende a instituição, divulgar mensagens e proporcionar um acesso igualitário a tratamentos e cuidados de saúde.

O Dia Mundial do Cancro, 4 de fevereiro, é uma iniciativa global organizada pela União Internacional para o Controlo do Cancro (UICC) com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), como objetivo aumentar a conscientização e a educação mundial sobre a doença, além de influenciar governos e indivíduos para que se mobilizem pelo controlo do cancro.

Asemana Com Inforpress