“Apelo aos jovens que estão no desemprego para aproveitaram esta oportunidade do trabalho de campo, neste momento, que muitos agricultores têm reclamado de falta de mão de obra, para ganharem o seu dinheiro, o que os ajuda para o seu sustento e das suas famílias também”, frisou Eneida Rodrigues, em entrevista à Inforpress, no âmbito do balanço da campanha agrícola que está a decorrer no País desde o mês de Junho e sob medidas de prevenção ao combate de possíveis pragas.

Segundo, esta responsável, a nível de distribuição de sementes pelo INIDA, avançou que os agricultores não apresentaram nenhuma queixa, uma vez que estes venderam as sementes por um preço acessível, assim como as plantas já prontas para serem colocadas na terra.

Neste particular, elucidou os agricultores de que a compra das plantas é uma forma mais eficaz também para obter os produtos com mais rapidez e com menos tempo para o seu desenvolvimento.

Lembrou que todos os materiais, como as sementes, as plantas fruteiras para agricultura estão ainda disponíveis nesta instituição, para as pessoas comprarem. E os que já foram compradas afirmou que a adesão foi “razoável e correu dentro da normalidade”, apesar de muitas plantas ainda não terem sido compradas devido à falta de chuva em abundância.

Em termos de medidas de prevenção e combate às pragas, a directora-geral da Agricultura avançou à Inforpress que, neste momento, os agentes deste ministério estão no terreno a fazer a prospecção de alguns focos de pragas e “podemos afirmar que tudo está em andamento e está a correr bem”.

Somente na zona de Fajã de Água, na ilha Brava, e na zona de Achada Grande, no município de Santa Catarina do Fogo, foram detectados alguns focos de pragas de gafanhotos, mas garantiu que a situação já está “resolvida e calma” nestas zonas.

Esta responsável apelou a todas as pessoas, sobretudo aos agricultores, que fiquem atentos para que, ao surgimento dos primeiros focos de lagarta de cartucho ou gafanhoto, comuniquem ao Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA), de imediato, ou para se dirigirem à delegação do Ministério de Agricultura mais perto da sua comunidade, para informar os técnicos sobre esta situação no sentido de receberem apoio o mais rapidamente possível para o combate a qualquer foco de pragas.

“Apelo à colaboração de todos os agricultores na campanha fitossanitária, que é importante a nível da agricultura”, disse a mesma fonte.

Apelou igualmente, aos agricultores e pastores para não deixarem os animais soltos nos campos, de forma descontrolada, uma vez que o pasto já começou a crescer e pode prejudicar o seu desenvolvimento e, além disso, pode levar também a escassez de sementes de pastos para o próximo ano.

“Apelo aos agricultores e pastores para deixarem o pasto crescer e só depois deixar os animais a pastar, e assim podemos ter pastos e sementes de maior qualidade”, frisou Eneida Rodrigues, salientando aos agricultores para fazerem a recolha e conservação dos pastos, no momento certo, para evitar crises futuras, no tempo de seca.

Eneida Rodrigues lembrou aos agricultores que todos os municípios têm uma delegação do MAA excepto os municípios de São Miguel, do Paul, de Santa Catarina do Fogo, dos Mosteiros, do Tarrafal de São Nicolau que não tem delegação do MAA, mas que todos os serviços ligados ao ambiente e agricultura desses municípios estão directamente ligados com às câmaras municipais desses municípios.

Por fim, assegurou que deseja um bom ano agrícola para Cabo Verde, lembrando que segundo a previsão do Instituto da Meteorologia, o ano agrícola é “normal e razoável” neste País, este ano.

A Semana com Inforpress