Conforme explica a Inforpress, no documento, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, esta agência de rating detida pelos mesmos donos da consultora Fitch Solutions, lê-se que “a maioria dos países da região vai ver o crescimento económico acelerar em 2021, mas a relativa resiliência da região ao novo coronavírus em 2020 significa que a recuperação vai ser menos pronunciada que noutras regiões”.
“A Fitch Ratings antevê que depois de uma forte subida em 2020, a dívida pública vá continuar numa trajectória ascendente, num contexto em que as pressões sociopolíticas e as urgentes necessidades de financiamento vão abrandar os esforços de consolidação orçamental”, lê-se numa análise às economias desta região africana.
Para além disso, apontam, “com o reiniciar da consolidação orçamental, as políticas orçamentais vão dificultar o crescimento na maior parte dos países, com as economias mais diversificadas a conseguirem taxas de crescimento robustas, e os países exportadores de petróleo a terem um desempenho abaixo do potencial, reflectindo a escassez de moeda externa”.
Estima-se, que Sete dos 19 países analisados pela Fitch Rating na região têm uma Perspectiva de Evolução (outlook) Negativa, enquanto cinco estão classificados com a nota CCC, que implica a não atribuição de uma tendência para o futuro, afirmam os analistas, explicando que “isto aponta para um elevado risco de mais degradações no rating, depois de um número recorde de acções semelhantes este ano”.
Enfatiza-se a mesma fonte, que a Costa do Marfim é o único país analisado pela Fitch que tem uma avaliação positiva, enquanto Angola e Moçambique têm um rating de CCC e Cabo Verde está na categoria B-, todos abaixo da recomendação de investimento.