A lista de condecorações, a que a Lusa teve acesso, prevê a atribuição de condecorações nos graus de Colar, Medalha, Insígnia da Ordem de Timor-Leste, e ainda a atribuição de Medalhas de Mérito e certificados de reconhecimento.
Entre os condecorados com o Colar da Ordem da Liberdade contam-se o antigo presidente da Câmara Municipal de Paredes, Celso Ferreira, e o empresário português Mário Costa, sendo que ambos equiparam a carpintaria da Diocese de Baucau.
A lista de condecorados inclui ainda o advogado australiano Bernard Collaery, que foi acusado durante anos pelo Governo australiano – a acusação foi retirada em 2022 - de comunicação ilegal de informações dos serviços secretos australianos no polémico caso de espionagem a Timor-Leste.
O presidente do Pelican Paradise Group, Edward Ong – que está a realizar um investimento significativo em Timor-Leste – o cônsul honorário do México em Díli, obrasileiro Ivanildo Quirino do Nascimento, e John Waddingham, responsável por um dos maiores arquivos de material sobre Timor-Leste, são igualmente condecorados.
A lista inclui ainda o ex-primeiro-ministro de Victoria e atual enviado especial do Governo australiano para o projeto do Greater Sunrise, Steve Bracks.
Entre os timorenses condecorados com o grau de Colar destaca-se o capitão-de-mar-e-guerra Donanciano da Costa Gomes, o padre Domingos Maubere, uma das principais vozes da igreja na luta contra a ocupação indonésia, e o ex-comandante da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) Faustino Da Costa.
No decreto de atribuição das condecorações, que serão entregues a 19 de maio no Palácio Lahane, José Ramos-Horta referiu que os cidadãos estrangeiros reconhecidos “desempenharam atividades incansavelmente a favor” de Timor-Leste e do desenvolvimento.
“Os serviços prestados pelos nossos amigos estrangeiros, no âmbito de relações entre Estados, no sentido de promover amizade entre povos, são cruciais, contribuindo também para a paz, a estabilidade nacional e o desenvolvimento em Timor-Leste”, salientou.
“Timor-Leste conseguiu ultrapassar diversos desafios e alcançar alguns sucessos, em determinadas áreas de desenvolvimento, graças também a uma série de atividades realizadas pelos nossos amigos estrangeiros durante as suas missões de trabalho no nosso país e fora do nosso país”, notou.
A medalha da Ordem de Timor-Leste será entregue a 43 cidadãos timorenses e estrangeiros, incluindo religiosos, agentes policias e militares, alguns dos principais empresários do país e jornalistas.
A lista de 12 pessoas que vai receber a Insígnia inclui médicos, guardas prisionais e enfermeiros.
Agraciados com Medalhas de Mérito serão engenheiros que trabalharam no novo Porto de Tibar, vendedores ambulantes e várias organizações.
Criada em 2009, a Ordem de Timor-Leste pretende, “com prestígio e dignidade, demonstrar o reconhecimento de Timor-Leste por aqueles, nacionais e estrangeiros, que na sua atividade profissional, social ou mesmo num ato espontâneo de heroicidade ou altruísmo, tenham contribuído significativamente em benefício de Timor-Leste, dos timorenses ou da humanidade”.
A Medalha de Mérito visa “reconhecer e agradecer aos militares, polícias e civis, nacionais e internacionais, que serviram a nação timorense em prol do reforço da ordem social e cujas ações contribuíram de modo significativo para a paz e a estabilidade nacional”.
A medalha simboliza ainda “a gratidão para com os nacionais e aqueles que, de várias partes do mundo, desempenharam um papel ativo e crucial no desenvolvimento da democracia em Timor-Leste”.
A Semana com Lusa