Joana Rosa pediu uma reflexão e a intervenção de todos para romper com esta situação em que pais abusam e matam seus próprios filhos.

“É um caso muito triste e é momento de todos nós reflectirmos, porque acho que é preciso fazer uma reflexão. É suposto a criança estar no seio familiar e ter protecção, mas estamos a ver que as famílias não estão a proteger as suas crianças”, disse a governante.

A ministra, que falava aos jornalistas à margem da cerimónia de abertura da formação dos novos agentes prisionais, sublinhou que é responsabilidade do pai, da mãe, dos irmãos, dos avós e dos vizinhos proteger as crianças.

Por isso, entende que todos devem trabalhar esta problemática para que o país deixe de ter essas “cenas tristes” que estão a acontecer.

“Não há razões para continuarmos a ouvirmos essas cenas tristes, não há razão de ser. As crianças merecem protecção e carinho. São casos que já tinham acontecido no passado e queremos é romper com esta situação porque não pode ser uma prática em Cabo Verde, temos pais a abusarem dos filhos, a matarem os filhos. Temos de lutar para acabarmos com esses casos”, realçou a ministra.

Joana Rosa recordou o caso da Jussara, que foi violada e assassinada pelo próprio pai, e que, na sua perspectiva, deveria servir de exemplo para que as famílias cabo-verdianas mudassem as suas condutas e comportamentos para com as suas crianças.

“As crianças merecem o nosso carinho e o nosso amor”, vincou.

Conforme apurou a Inforpress, suspeita-se que o homem na casa dos 54 anos terá matado a própria filha, de cinco anos, esta quinta-feira na localidade de Achada Igreja, no município de São Salvador do Mundo, ilha de Santiago e depois pôs termo à própria vida, tendo sido encontrado enforcado na parte da cozinha da residência onde morava.

Segundo testemunhas no local, a criança foi encontrada “sem vida” e levada ao Centro de Saúde dos Picos, onde foi declarado o óbito.

E tendo em conta que não havia sinais de violência no corpo da criança, o mesmo foi encaminhado para o Hospital Agostinho Neto, na Praia, para realização de autópsia, e se apurar a causa da morte.

A Semana Com Inforpress