Gilberto Rodríguez Orejuela falecido aos 83 anos teve, durante boa parte da sua longa carreira criminosa — segundo a biografia publicada hoje nos media da referência —, o controlo da grande maioria do tráfico mundial de cocaína, tal como o seu homólogo Pablo Escobar.
Foi alcunhado "jogador de xadrez", não no sentido próprio mas pela sua habilidade em estar sempre um passo à frente relativamente aos rivais e aos agentes da lei e ordem. Mas em 1995, a sua sorte mudou e a justiça colombiana enquadrou-o e mandou-o para a prisão, "o sítio onde deve estar".
Gilberto Rodríguez Orejuela veio depois a ser objeto de um pedido de extradição emitido pelos Estados Unidos em 2003, que a justiça colombiana deferiu. Assim, foi em 2004 extraditado para os Estados Unidos onde um novo julgamento o condenou a uma pena de 30 anos.
Segundo o DEA-Departamento de Combate ao Narcotráfico, dos Estados Unidos, Gilberto, ajudado pelo irmão Miguel, era o líder do cartel de Cali que rivalizava com o cartel de Medellin, de Pablo Escobar.
Só com a morte de Escobar abatido pela polícia em 1993, o cartel de Cali passou a monopolizar o tráfico mundial da cocaína. Entre 1993 e 1995, foi responsável por impresssionantes 80% do tráfico mundial de cocaína.
Vida de luxo
Gilberto Rodríguez Orejuela descrevia-se como "um honesto magnata da indústria farmacêutica".
Ao ser detido em 1993, os relatos da imprensa davam conta do estilo de vida luxuoso que o "barão" seguia na sua mansão de Cali. Mas ele defendia que a sua fortuna era de raiz, vinha de várias gerações de industriais Rodríguez e Orejuela.
Fontes: BBC/LA Times