"Foi um choque para todos nós. O que é isso de intoxicação por beber água, pode-se morrer disso?", questiona Devon Miller, irmão da malograda. Primeiro foi a chamada da outra irmã a dizer que a Ashley estava no hospital com uma hemorragia cerebral depois de desmaiar no regresso das férias. "Em vinte minutos!, foi o tempo entre entrar e sair do barco no lago", de regresso à casa a menos de uma hora de distância.
É uma doença rara, esta "Intoxicação hídrica" ou " Envenenamento hídrico" que ocorre quando se bebe muita água (potável) num espaço de tempo muito curto. Também pode ocorrer quando os rins funcionando mal retêm muita água.
Os sintomas incluem dores de cabeça, dores musculares, náuseas, mal-estar geral.
Beber muita água em tão curto espaço de tempo perturba o equilíbrio dos eletrólitos, resultando numa rápida diminuição de sódio e potássio que pode ser fatal, explica a literatura médica (disponível online), devido à pressão da água nas células cerebrais — como parte da resposta do organismo à extrema super-hidratação. A causa da morte é designada "hiponatremia" (causada por falta de sódio) que decorre da intoxicação hídrica aguda.
Doença estival
O médico toxicologista Blake Froberg, do hospital universitário Indiana Health Arnett explicou à reportagem que esta situação rara tem sido registada no verão e em pessoas com grande atividade física ao ar livre.
"Existem certos fatores de risco que podem pesar, mas a regra geral para todos é que ao bebermos muita água temos de o fazer com a quantidade adequada de sódio, eletrólitos e potássio”, explicou Froberg.
Doadora de órgãos. A mãe que deixou órfãs as duas filhas menores – é destacada como doadora de órgãos. "O coração, fígado, pulmãos, rins e parte do tecido ósseo permitiram salvar cinco vidas", expressou a família.
Fontes: New York Post/Daily Mail.uk. Foto: Ashley, 35 anos de vida com fim tragicamente insólito.
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