A última mulher no corredor da morte, em sessenta e sete anos, recebeu a injeção letal e foi declarada morta à 1:31 no Complexo Correcional Federal de Terre Haute no Estado de Indiana.
O Supremo rejeitou o derradeiro pedido da defesa que na véspera voltara a alegar que a ré devia ter mais uma audiência para provar a doença mental severa de que sofria e que a tornava inelegível para a pena capital.
"O governo esteve imparável no seu zelo de matar esta mulher perturbada e profundamente doente. Lisa aofria de doença cerebral exacerbada pelos maus-tratos que sofreu na infância e adolescência. A sua execução foi a negação da justiça", disse em comunicado a defesa.
Os advogados, a família e apoiantes da ré pediram ao 45º presidente — invocando a 8ª Emenda, que proíbe a execução de doentes mentais — que comutasse a pena capital em prisão perpétua. Pedido indeferido.
O crime
Lisa Montgomery foi aos 36 anos acusada de ter matado uma grávida de 23 anos para lhe retirar do ventre o feto de oito meses. O bebé sobreviveu e foi entregue ao pai, após ser resgatado da quinta onde morava a sua raptora.
Condenada à morte em 2008, quatro anos depois do crime, por um tribunal de júri do Missouri, a ré esteve doze anos no corredor da morte.
"O tribunal agiu bem em suspender a execução de Lisa Montgomery que demonstrou na audiência que está incapaz de ser executada", alegou a sua defesa sobre a audiência que a condenada recebeu horas antes da execução. Mas a audiência manteve a condenação e a execução foi realizada como previsto.
Fontes: New York Times/CNN.