A taxa de mortalidade por homicídio anual do Maine — que o FBI classifica como o Estado menos violento dos EUA — foi ultrapassada com o massacre de dezoito pessoas perpetrado esta quarta-feira por Robert Card (foto pequena).
O maior massacre do ano no Estado menos violento entra nas trezentas e oitenta e nove mortes nos massacres deste ano em Colorado Springs e Colorado-Highland Park, no Estado de Illinois, em El Paso, Texas, e agora Maine. O total em nove meses é de quinhentas e setenta e oito crianças e adolescentes vítimas mortais.
O cirurgião-chefe do hospital do Maine, Richard King, faz o balanço: dezoito mortos, dezenas de feridos, oito dos quais ainda estavam hospitalizados na sexta-feira, três em “condições muito críticas”.
"Fizemos o que normalmente fazemos, mas com o máximo da nossa capacidade, trinta cirurgiões que responderam à chamada em poucos minutos".
“Tivemos de recorrer aos hospitais mais próximos, para garantir sangue extra” e nisso King destaca o trabalho do responsável do programa de gestão de traumatismos, Tammy Lachance.
O mais difícil para King e outros membros do pessoal, alguns com familiares entre as vítimas mortais, é compreender como é que a sua Lewiston vai recuperar da tragédia que se abateu sobre a cidade. Na sexta-feira, com o atirador ainda em fuga, as ruas eram percorridas por forças da ordem fortemente armadas.
"Esta é uma comunidade muito unida", Lewinston tem 38 mil habitantes. "O Maine é pequeno, toda a gente conhece quase toda a gente. Este tiroteio é realmente algo muito duro para a nossa cidade de Lewiston e para o Maine", lamentou King ouvido pela reportagem da Reuters.
Fontes: Reuters/ WP/NY Times/… Fotos (Reuters): À entrada do hospital de 250 leitos, o ‘Central Maine Medical Center /Centro médico do Maine’, onde polícias permaneciam na sexta-feira. O multi-homicida Card com uma espingarda de calibre .308, para caça grossa, terá usado também pistolas para o pior massacre deste ano nos EUA.
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