"Estamos profundamente preocupados com o impacto devastador do ciclone Freddy sobre o povo de Moçambique", disse o embaixador dos EUA em Moçambique, Peter Vrooman, citado num comunicado do Governo norte-americano.
O valor será alocado através do Programa Alimentar Mundial (PAM), da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o objetivo é garantir a assistência urgente às vítimas do ciclone.
“O financiamento proverá 30 dias de assistência alimentar de emergência a 135.000 pessoas e ‘kits’ de abrigo a mais de 7.500 lares, bem como um amplo apoio em termos de água e saneamento. Os fundos serão também utilizados para a rápida reabilitação de instalações de saúde, incluindo infraestruturas de água danificadas”, lê-se na nota.
“Outras atividades incluem água, saneamento, e intervenções de higiene para ajudar a conter a propagação da cólera”, acrescenta.
O Freddy é já um dos ciclones de maior duração e trajetória nas últimas décadas, tendo viajado mais de 10.000 quilómetros desde que se formou ao largo do norte da Austrália em 04 de fevereiro e atravessou todo o oceano Índico até à África Austral.
Atingiu pela primeira vez a costa oriental de Madagáscar em 21 de fevereiro e regressou à ilha em 05 de março, onde deixou um rasto de 17 mortos e 300.000 pessoas afetadas.
Em Moçambique, o ciclone teve o seu primeiro impacto em 24 de fevereiro e voltou a tocar terra em meados de março, tendo provocado pelo menos 165 mortos, segundo o balanço oficial.
O temporal matou um total de 605 pessoas no Maláui, Moçambique e Madagáscar.
A Semana com Lusa