“Quase todos os candidatos já foram eleitos no dia das eleições. Relativamente à eleição de chefes, em 251 sucos (60%), nenhum dos candidatos atingiu o limiar dos 50% mais um, pelo que avançam para uma segunda volta das eleições no próximo dia 13 de novembro”, referiu, em comunicado na quarta-feira, o Ministério da Administração Estatal de Timor-Leste.
Mais de 890 mil eleitores timorenses foram chamados a votar para eleger um total de 452 chefes de suco (conjunto de aldeias), e mais de quatro mil chefes de aldeia e as delegadas e delegados das aldeias ao conselho de suco num escrutínio que se realiza de sete em sete anos.
Segundo a lei, de 08 de julho de 2016, os sucos são “pessoas coletivas de direito público, de natureza associativa, formados com base em circunstâncias históricas, culturais e tradicionais, cujos membros se encontram ligados por laços familiares ou por laços tradicionais num espaço determinado”.
Os sucos têm como atribuições contribuir para a unidade nacional, garantir a paz social nas comunidades, defender os seus interesses e promover o desenvolvimento socioeconómico local.
Já o chefe de suco tem uma série de competências, entre as quais, prevenir a violência doméstica, informar a polícia sobre facto que possam configurar crimes, mediar conflitos ou disputas entre membros da comunidade, sensibilizar as pessoas sobre a prevenção de doenças, saúde maternoinfantil, hábitos alimentares, vacinação e abandono escolar.
O Ministério da Administração Estatal timorense expressou também o “seu reconhecimento e felicitações aos eleitores de todo o país, pelo grande entusiasmo com que exerceram o seu direito de voto e pela contribuição para a estabilidade e tranquilidade durante as eleições”.
No total, foram recebidas 2. 117 candidaturas a chefe do suco, das quais 1. 876 são homens e 241 mulheres.
Nas últimas eleições para chefe de suco, realizadas em 2016, foram eleitas 21 mulheres, quase o dobro das escolhidas em 2009, quando conseguiram ser eleitas 11 mulheres.
A Semana com Lusa