“Na Venezuela o movimento associativo trabalha em rede. Isso é muito importante. Não há uns que são melhores que outros, nem há uns que são filhos e outros enteados de todos. Todos eles têm valor e todos eles chegam a franjas diferentes daquilo que são as necessidades na comunidade portuguesa”, disse.
João Pedro Fins do Lago falava à Lusa no Centro Português, em Caracas, à margem de um almoço de solidariedade que reuniu centenas de portugueses e que assinalou o 54.º aniversário da Sociedade de Beneficências das Damas Portuguesas (SBDP).
“O grande valor do movimento associativo português na Venezuela é precisamente esse, essa palavra-chave: Rede, atuar em rede. Uns ajudam os outros, outros chegam a áreas onde não chegam uns e com isso chega-se melhor a todos”, frisou.
O diplomata disse ainda que “há de certo modo um desafio constante para a Sociedade de Beneficência de Damas Portuguesas aqui na Venezuela”, uma “organização da comunidade portuguesa muito antiga, que há 54 anos presta um trabalho muito dedicado aos portugueses que se encontram nas franjas sociais, aqueles que são mais carenciados e que precisam da ajuda e da solidariedade da comunidade”.
“E de facto o desafio é constante, é particularmente agudo nos tempos que vivemos, em que há que prestar assistência a esses portugueses. E numa sociedade como esta, que tem mais de meio século de idade, aquilo que eu noto com muito gosto, apreço e admiração é o modo como se mantém atualizada nas respostas que dá a essas necessidades”, disse.
Segundo João Pedro Fins do Lago, Damas Portuguesas “acompanham os tempos, são pessoas com projetos novos, cujos corpos sociais se vão renovando e que estão atentos a fatores como, por exemplo, a necessidade de dar resposta ao problema da mobilidade, na assistência que é dada à comunidade portuguesa, e também à formação”.
O embaixador xplicou ainda que “a SBDP durante muito tempo se dedicou essencialmente à assistência. Continua a fazer isso. Mas hoje responde aos novos desafios que são também o de dar formação a pessoas que, adquirindo-a, adquirem também novas ferramentas de trabalho e de uma melhor integração social”.
“Esses são os novos desafios e vejo resposta a eles nesta Sociedade das Damas, como vejo no restante tecido do movimento associativo português na Venezuela”, disse.
A Semana com Lusa