“A EDTL e a TIC Timor realizaram um exercício e detetaram que alguém tinha entrado no sistema, ou ’hackeado’, para interromper a operação normal do sistema”, referiu a empresa numa publicação na sua página oficial no Facebook.
O anúncio surge depois de nova polémica pública pelas dificuldades dos clientes em comprarem carregamentos para os contadores elétricos.
A maior parte dos clientes da EDTL em Timor-Leste operam com um modelo de compra pré-paga de carregamentos para os contadores (conhecido como pulsa), com o sistema a ser marcado nos últimos meses por vários problemas.
Isso tem levado a longas filas de clientes nos poucos pontos onde a venda ainda está operacional, já que a maior parte dos anteriores pontos de venda têm estado limitados, com o assunto a marcar durante o fim de semana a campanha eleitoral para as legislativas de 21 de maio.
A nota da EDTL refere que depois de ter sido detetado o ataque informático – e sem divulgar mais pormenores – tomou várias medidas, em concreto, “recebeu apoio técnico do ADB e da Itron, como provedor do sistema, para realizar a manutenção necessária”, esperando que isso ajude a “normalizar a situação”.
“Decidimos usar VPN para impedir ataques de ’hackers’, limitando os centros de venda para garantir o fornecimento contínuo de carregamentos”, notou.
“A Comissão Nacional de Aprovisionamento concluiu já um concurso tendo sido selecionada uma empresa para levar a cabo um upgrade do sistema”, notou.
A EDTL recordou que, para evitar grandes aglomerações de clientes, não têm todos que comprar a pulsa no início do mês, explicando que o bónus dado à primeira compra mensal de carregamentos se aplica em qualquer dos dias do mês que a primeira compra se realize.
“Aqueles que puderem não comprar no dia 01 devem comprar noutros dias para evitar sobrecarregar o sistema”, concluiu.
A Lusa tentou contactar responsáveis da EDTL para comentar o caso, tendo estes remetido declarações para mais tarde.
A empresa pública salientou que o sistema de venda de pulsa está em vigor em Timor-Leste há 10 anos, com mais de 400 pontos de venda no país.
A Semana com Lusa