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Entrevista: José da Silva pede ao público que continue a confiar na programação do Kriol Jazz Festival que este ano traz 10 artistas de oito países 09 Abril 2023

Pelo menos 10 artistas, representando oito países de quatro continentes - África, Europa, América e Ásia - vão participar na edição do Kriol Jazz Festival (KJF) que decorrerá de 13 a 15 de abril, na cidade da Praia. O diretor da Harmonia e produtor do evento, José da Silva, anuncia como novidade principal o fato de o festival deste ano estar mais voltado para África, que estará representada por vários artistas, com destaque para Bamba Wassoulou Groove (Mali) , Asa (Nigéria), Orchestra Baobab (Senegal) e Pamela Bagdjogo (Gabão). “Mas temos que ressaltar a presença de uma ´grande´ do Jazz, que é Dee Dee Brigwater, dos Estados Unidos da América, uma senhora com vários Grammy e que já andou o mundo inteiro”, salienta Djó da Silva na entrevista que se segue.

Entrevista: José da Silva pede ao público que continue a confiar na programação do Kriol Jazz Festival que este ano traz 10 artistas de oito países

Está tudo a postos para a realização do Kriol Jazz Festival na data prevista?

- José da Silva - Sim. Tudo está a postos para que o Kriol Jazz Festival aconteça nos dias 13,14 e 15 de abril. Toda a logística está montada e as viagens e os artistas convidados estão todos confirmados.

Pode indicar os principais parceiros deste projeto musical nesta edição?

- O nosso parceiro principal é a Câmara Municipal da Praia, com quem temos há mais de 10 anos temos um contrato com ela . Este ano pela primeira vez contamos com o envolvimento do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, através de um patrocínio de mil contos. Temos também a participação do Governo de Cabo Verde, através do Fundo do Turismo. Isto sem contar com os parceiros privados de sempre, que são a CVTelecom, a Strela, a Caixa Económica e a ASA. Conseguimos ainda, pela primeira vez, um financiamento da ACP/União Europeia, que nos ajudou a ajustar o orçamento do festival.

Qual é o principal objetivo deste festival?

- O objetivo do Kriol Jazz Festival é sempre o mesmo: promover a criolidade, fazer o público cabo-verdiano descobrir novos artistas, principalmente artistas incríveis que normalmente não vêm a Cabo Verde.

Quais são as principais novidades e inovações desta edição do KJF em comparação com as edições anteriores?

- É um Kriol Jazz Festival talvez mais voltado para África. Temos como convidados grandes artistas da Costa Ocidental de África como os Bamba Wassoulou Groove, do Mali, e a Orchestra Baobab, que é uma orquestra mítica do Senegal. Temos também uma artista do Gabão, Pamela Bagdjogo, bem como uma artista da Nigéria, a Asa. É o primeiro ano em que teremos quatro artistas africanos na programação do KJF.

Quantos artistas e países estarão este ano representados no KJF?

- Conforme a programação, está confirmada a representação de oito países diferentes, oriundos de África, América, Europa e Ásia, num total de 10 artistas que estarão presentes durante os três dias do festival.

Na sua opinião, quais serão os principais destaques do rico elenco de artistas presentes na edição deste ano do KJF?

- Penso que todos os artistas são formidáveis. Foram escolhidos justamente pela particularidade que cada um tem. Mas temos que ressaltar a presença de uma “grande” do Jazz, que é Dee Dee Brigwater, dos Estados Unidos da América, uma senhora com vários Grammys e que já andou o mundo inteiro. Vai estar pela primeira vez em Cabo Verde e penso que a sua atuação vai ser um momento alto do Festival.

O que representa o KJF em termos de música nacional e da projeção de Cabo Verde no plano internacional?

- No plano internacional, o KJF é uma marca, fez com que Cabo Verde entrasse na rota dos grandes festivais de Jazz reconhecidos mundialmente. Isto é muito bom para o nosso país, para a nossa cultura e para os nossos artistas. O KJF também promove, e sempre, músicos e cantores cabo-verdianos, ajudando-os a alcançar um reconhecimento internacional muito bom - o KJF vem dar mais um empurrão a esses artistas. É o que vai acontecer este ano com o artista cabo-verdiano Txeka, que durante vários anos esteve fora do circuito mundial e este ano faz parte do nosso projeto, ele precisa do KJF e vamos apoiar apoiá-lo ao máximo. Também vamos ter connosco a artista cabo-verdiana Lucibela.

Qual será o impacto cultural e económico do KJF na capital do país?

- O impacto do KJF na capital de Cabo Verde é algo bom porque atrai muitos turistas. É um turismo cultural: pessoas vêm de outros países para descobrir a cultura de Cabo Verde, é uma clientela também de classe média e com um certo poder económico e então gasta mais do que o turista normal. Penso que é interessante para os restaurantes, os hotéis, museus e outros lugares da cidade aonde estas pessoas podem ir.

Que mensagem dirige aos amantes da música, aos praienses, aos parceiros e às identidades que apoiam o KFJ?

- Em 12 anos o Kriol Jazz Festival nunca decepcionou o público e mais uma vez vamos ter um festival extraordinário, com músicos extraordinários. Que eles continuem a ter confiança na programação do KJF de olhos fechados, porque é sempre bom ter boa música.

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