O candidato de esquerda Fernando Villavicencio morre fiel ao seu lema ‘Es tiempo de valientes/É tempo de valentes. Como um defensor das causas indígenas, antigo líder sindical (na PetroEquador) e como jornalista investigativo dedicou a sua vida à denúncia da elite corrupta do seu país e o tráfico de drogas.
O presidente Lasso — que há três meses dissolveu o parlamento — já se pronunciou sobre o assassínio e na mensagem de condolências "à esposa e filhas" do candidato "garante"-lhes que "pela sua memória e pela sua luta, este crime não ficará impune".
O assassínio de Villavicencio ocorre num contexto de escalada da violência e ataques a líderes políticos em todo o Equador e que o governo de Lasso atribui a quadrilhas de traficantes em luta pelo domínio do narcotráfico.
Sobre a não-recandidatura de Lasso, o quinquagésimo-quinto presidente, os analistas do fenómeno equatoriano avançam que se trata de uma estratégia deste político da direita — que ameaçado de impeachment no seu mandato — dá um passo atrás a preparar o seu regresso em 2025.
Prognósticos e sondagens apontam que o movimento Revolucion Ciudadana, do 53º presidente Rafael Correa (2007-2017), é a força política em melhores condições para triunfar no dia 20 — quando mais de 13 milhões de equatorianos elegerão presidente, vice-presidente e 137 deputados, que estarão em funções menos de dois anos, até maio de 2025.
Fontes: El Universo/La Prensa Latina/BBC/NY Times/Le Monde/CNN. Relacionado: Equador-Eleições antecipadas em agosto: PR Lasso que dissolveu parlamento promete "Não sou candidato", 22.mai.023. Foto: Fernando Villavicencio estava, segundo a mais recente sondagem, na quinta posição de entre oito candidatos às eleições antecipadas do próximo dia 20, em que treze milhões elegerão o quinquagésimo-sexto (56º) presidente da República do Equador.
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