A amnistia aos separatistas catalães, recém-anunciada pelo reeleito primeiro-ministro Pedro Sánchez, tem levado um grande número de manifestantes às ruas de Madrid e outras cidades espanholas.
No domingo passado, manifestações convocadas pelo PP em 52 cidades mobilizaram dois milhões de pessoas, segundo o partido, e 450 mil, segundo as autoridades.
Em Madrid todas as noites, em frente da sede nacional do PSOE (partido socialista que lidera o governo de Espanha), tem havido manifestações convocadas nas redes sociais.
Estas manifestações, apoiadas pelo Vox, mas de que o PP se demarca, têm juntado entre 1.500 e 4.000 pessoas, dependendo dos dias, e já acabaram por diversas vezes com distúrbios e cargas policiais. Têm também ficado marcadas por símbolos, cânticos e gestos fascistas e da ditadura espanhola de Francisco Franco.
Acordo entre Puigdemont e Sánchez
O ex-presidente do governo regional catalão Carles Puigdemont pediu na terça-feira uma amnistia para os independentistas condenados ou acusados, por causa da tentativa de autodeterminação da Catalunha em 2017. Este é o ponto principal do acordo que viabilizou o novo governo Sánchez, na quinta-feira.
Acordo que divide Espanha, na ótica internacional
Desde quinta-feira, a imprensa internacional destaca o controverso acordo entre socialistas e independentistas catalães para viablizar o segundo mandato do governo de Pedro Sánchez.
Fontes: EFE/ AFP/Corriere della Sera/El País/Le Monde/NY Times.