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FMI/Encontros: África subsaariana na administração do FMI é boa notícia para o mundo - Cabo Verde 15 Outubro 2023

O ministro das Finanças de Cabo Verde e presidente do ’african caucus’ no Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou este sábado que o terceiro lugar para a África subsaariana na administração do Fundo é "uma boa notícia também para o mundo".

FMI/Encontros: África subsaariana na administração do FMI é boa notícia para o mundo - Cabo Verde

"É uma grande notícia para África e para o mundo porque não será possível ter um mundo com paz e estabilidade se o continente africano continuar a ser um continente instável, inseguro e que não consegue ser atrativo" para os investidores externos, disse Olavo Correia à Lusa, à margem dos Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial, que terminaram hoje em Marraquexe.

Os países da África subsaariana conseguiram hoje a "aprovação unânime" da comité diretor do Fundo relativamente ao aumento dos lugares na administração, de 24 para 25, abrindo espaço para um terceiro representante especificamente para a África subsaariana.

"África tem um número substancial de países com especificidades próprias e desafios gigantescos, há administradores que representam 22 e 24 países, tendo em conta o número de cadeiras que existem na administração do FMI", disse o vice-primeiro-ministro de Cabo Verde, país que ocupou até agora a presidência do ’African caucus’, o órgão de representação dos países africanos.

"O que nós defendemos, e foi muito bem acolhido, é que no quadro da nova arquitetura financeira internacional, a voz do continente fosse mais ouvida, não só por uma voz competente e qualificada, mas também porque deve ter um espaço e instrumentos para amplificar essa voz", explicou, segundo ainda a Lusa, o governante, salientando que era preciso aumentar a representatividade africana.

Ao nível das instituições financeiras internacionais, "faz todo o sentido haver mais representação, porque hoje o que há é uma sub-representação e todos os países africanos concordaram, numa reunião na ilha do Sal, que devíamos exigir que o continente africano tivesse mais uma cadeira na administração do FMI, para que África possa ter uma voz mais forte num quadro institucional que permita participar nas decisões".

"Se o continente africano é dos mais visados por intervenções financeiras internacionais, a sua voz tem de ser ouvida, porque se querem fazer algo connosco, temos de estar presentes, não podemos estar diminuídos por uma sub-representação", disse Olavo Correia.

Não é possível, concluiu, "só lamentar, analisar ou criticar, é preciso ter poder de decisão no conselho executivo, por isso esta luta travada pelo continente há vários anos e que passou pela declaração conjunta da Ilha do Sal [na reunião dos países africanos, em junho], é uma grande notícia para África e para o mundo", cnclui o referido governante citado pela Lusa.

África subsaariaana ou África Negra

Segundo escreveo site mundo mundo/educaão (https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/Africa-subsaariana.htm), a África Subsaariana é uma região do continente africano composta por 47 países e que se localiza geograficamente abaixo do Deserto do Saara. Também chamada de “África Negra”, é a zona onde reside a maioria da população negra do continente.

Essa região é conhecida por ser o “berço da humanidade”, ao passo em que também é considerada como “a última fronteira do capitalismo”. O uso da primeira expressão ocorre porque muitos pesquisadores acreditam que tenha sido nessa região a constituição dos primeiros seres da espécie humana. O uso do segundo termo se deve por se considerar que esse tenha sido o último território colonizado pelo mundo capitalista.

Conforme a mesma fonte, em face do processo de exploração colonial, a maior parte dos Estados formados nesse continente conta com uma variedade muito grande de etnias em um mesmo território. Dessa forma, observa-se a existência de Estados com várias nações e várias nações sem Estado. Com isso, ocorrem muitas guerrilhas internas e localizadas em busca pelo poder, o que prejudica muito a economia e as condições de vida nesses países.

Outro problema grave presente nessa região, prossegue o referido site, é a dependência econômica. Oficialmente, o colonialismo não existe mais no continente africano, mas na prática ele está mais do que presente. A dependência econômica é elevada e o índice de exploração dos recursos naturais e da mão de obra por empresas estrangeiras é significativo. A economia é bastante dependente da produção e exportação de bens primários (produtos agropecuários e extrativismos mineral e vegetal), onde se emprega a maior parte da população.

Como resultado desse cenário, registram-se na África Subsaariana os maiores índices de pobreza e fome no mundo, além das maiores concentrações de favelas. A isso, somam-se os piores resultados em estatísticas como taxas de mortalidade e baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), conclui a fonte deste jornal.

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