“Já não era sem tempo! A direcção da Inforpress vinha de cometer injustificável perseguição ao colega Geremias Furtado, chegando ao cúmulo de demiti-lo, ainda que na condição de dirigente sindical dos jornalistas (contrariando, inclusive, leis e convenções internacionais)”, lê-se na missiva desta organização sindical.
No seu comunicado enviado à Inforpress, a FJLP agradece ao executivo caboverdiano “pela sensata decisão que tomou em demitir o déspota que estava travestido de administrador de sistema público de comunicação”.
Agora, lê-se nesta comunicação, é preciso revogar a demissão do dirigente sindical, Geremias Furtado, jornalista da Inforpress e presidente da Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC), “a bem do respeito ao jornalista representante de categoria profissional fundamental à defesa da democracia”.
A FJLP congrega como membros filiados, representações de jornalistas de todos os países e comunidades de Língua Portuguesa, nomeadamente Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e, ainda, Macau (China) e Goa (Índia).
O Governo exonerou hoje José Vaz Furtado do cargo de administrador único da Inforpress, decisão contida em nota de imprensa do Palácio da Várzea.
“O Governo defende a autonomia e a independência dos órgãos públicos de comunicação social, tendo em consideração o alto nível de responsabilidade e de qualidade da democracia cabo-verdiana e da liberdade de imprensa no contexto africano e mundial”, indica a nota de imprensa.
O executivo promete continuar a implementar as melhores políticas, mobilizando os meios necessários e as reformas legais, conducentes ao cumprimento da “missão insubstituível” da agência de notícias, para que cumpra os seus objetivos em matéria de prestação de serviço público de informação, “com qualidade, rigor e isenção”.
A Semana com Inforpress