Augusto Neves, que falou à inforpress na manhã de hoje no encerramento do evento , começou por elogiar a organização “bem melhor” do que a do ano passado e o intento de superar a cada edição.
“Obviamente, que não é fácil fazer um festival deste tamanho, mas, o envolvimento de muita gente, muito sacrifício e o empenho de jovens tem ajudado muito neste processo”, declarou o presidente da câmara de São Vicente, que deixou “um agradecimento” às empresas apoiantes da autarquia sem as quais não conseguiria concretizar o evento.
Augusto Neves confirmou estarem todas essas pessoas a trabalhar juntas para “tornar este maior festival de Cabo Verde, no melhor do mundo”.
“Os artistas que já passaram por aqui são só `top ten´ e mesmo com as dificuldades que temos, conseguimos dinamizar para um nível muito bom”, considerou, com a convicção de que “são investimentos do tipo que movimentam São Vicente, mas, também o próprio País”, seja em alojamento, transportes aéreos e terrestres e outros serviços.
Desta forma, Augusto Neves pediu ao Governo para se “juntar muito mais” à edilidade e tornar este e outros acontecimentos de São Vicente em “eventos de excelência”.
Quanto a ideia lançada pelo ministro da Cultura de também se abrir Baía das Gatas para outros tipos de festivais, o autarca acredita que isto já está a ser feito e apontou o exemplo da incorporação neste ano de DJ nos intervalos das actuações.
Futuramente, assegurou, espera trazer “muito mais coisas boas” para o certame, feito, não só das actividades do palco, mas também de toda a movimentação no areal.
A 39ª edição o festival foi aprovado, igualmente, e com nota “muito positiva” pelo público, sendo destes o comerciante Guga Lopes, que disse ter visto um “festival tranquilo” com “cartaz bom”, embora com “algumas presenças repetitivas”.
O jovem agora quer ver, nas próximas edições, um DJ internacional que, considerou, poderá trazer “vibração e divertimento” com orçamentos “bem mais acessíveis”.
Denis Rocha disse ter gostado de tudo quanto viu nos três dias, mas ficou “mais maravilhado” com as actuações de Dynamo e Ceuzany.
Yasmine Lopes também vai na mesma linha, a de um cartaz no geral “muito bom”, embora não tenha gostado muito da actuação no sábado da brasileira Paula Fernandes, que teve vários problemas com o som.
O Festival Internacional de Música da Baía das Gatas, com a 39ª edição realizada desde sexta-feira até à manhã desta segunda-feira, teve a primeira edição no dia 18 de Agosto de 1984.
É realizado anualmente na praia da Baía das Gatas, a oito quilómetros da cidade do Mindelo, e não se realizou ali apenas em 1995, devido a uma epidemia de cólera que assolou Cabo Verde, e nos anos 2020 e 2021, por causa da pandemia da covid-19, em que se concretizou o evento no formato online.
Anualmente, a Câmara Municipal de São Vicente, que organiza o certame, reserva uma verba no orçamento municipal para fazer face às despesas com a logística, viagens e cachê de artistas de Cabo Verde e do estrangeiro, mas “o grosso do montante” para suportar o evento, de acordo com a autarquia, provém de patrocínios de empresas e outras instituições.
A Semana com Inforpress