No primeiro de três dias da visita, Patrícia Portela de Souza efectuou uma visita de cortesia ao presidente da câmara de São Filipe, tendo sido recebido pelo presidente substituto e vereador das Infra-estruturas, Euclides Fernandes, seguido de um encontro em que participaram outros vereadores, nomeadamente do Ambiente e Desporto e da Cultura, Turismo e Desenvolvimento Rural.
Após a reunião, a Coordenadora das Nações Unidas passou por alguns pontos da cidade de São Filipe que sofreram maiores danos em decorrência das recentes chuvas para avaliar as necessidades e parcerias para a reconstrução e recuperação da cidade, como a praceta Pedro Monteiro Cardoso, acesso à praia de Nossa Senhora da Encarnação e o troço que liga Cruz dos Passos ao bairro de Santa Filomena.
Uma deslocação à sede da Associação Projecto Vitó, uma organização não governamental ligada ao sector do ambiente e que tem trabalhado na conservação de tartarugas marinhas, aves marinhas e apoio na implementação da Reserva da Biosfera da ilha do Fogo, marcou o primeiro dia da visita.
Em declarações à comunicação social, Patrícia Portela de Souza disse que desde que chegou a Cabo Verde já visitou várias ilhas e que o Fogo é a quinta ilha a ser visitada.
“Estou na ilha do Fogo para prestar a minha solidariedade aos municípios de São Filipe, Mosteiros e Santa Catarina do Fogo que sofreram muito com as últimas chuvas, sobretudo Santa Catarina e São Filipe”, disse a Coordenadora Residente, sublinhando que a visita servirá para conhecer o programa e o trabalho que as Nações Unidas têm na ilha do Fogo nas áreas ambiental, da educação e da agricultura, em que várias agências do sistema das Nações Unidas tem trabalhado.
Questionada se o encontro com a edilidade de São Filipe teve enfoque nos estragos das chuvas deste ano, a mesma salientou que se tratou de um encontro alargado com abordagem do novo marco de cooperação das Nações Unidas com Cabo Verde 2023/27, nomeadamente as suas três dimensões e seus pilares como a dimensão do capital humano, a transformação económica com enfoque numa economia sustentável e ambiental e a governação territorial.
“Foi uma discussão abrangente onde o tema dos estragos e das infraestruturas estiveram em pauta, mas também o desenvolvimento humano e o potencial da ilha do Fogo como o turístico, o económico que precisa de apoio para fortalecer as acções” referiu a Coordenadora Residente.
Sobre a possibilidade de o Sistema das Nações Unidas venha ajudar os municípios a mobilizar parcerias e recursos para a recuperação dos estragos provocados pelas chuvas e repor a normalidade, Patrícia Portela de Souza advogou que as Nações Unidas, por si só e pela sua natureza, são uma instituição multilateral de atracção de apoios e parcerias, e, nesta senda, esta possibilidade está também em pauta.
Hoje a Coordenadora Residente vai estar nos municípios de Santa Catarina do Fogo e Mosteiros onde, além de visita de cortesia aos presidentes Alberto Nunes e Fábio Vieira, vai visitar as localidades que sofreram maiores danos em consequência das recentes chuvas e alguns projectos apoiados através de fundos da ONU nos dois municípios.
No último dia da sua primeira visita à ilha do Fogo, Patrícia Portela de Souza vai visitar o centro de incubação e promoção de ideias de negócio na região Fogo Innovation Lab, deslocando-se depois para algumas localidades da zona sul de São Filipe que beneficiaram de projectos e iniciativas financiados com fundos da ONU e outros parceiros de desenvolvimento, incluindo visita a Chã das Caldeiras e Adega, para identificar as vulnerabilidades e desafios socioeconómicos de Chã das Caldeiras.
A Semana com Inforpress