Esta organização, que tem uma vertente social, “Soldifogo”, e outra de micro-finanças, “Soldifogo Coop” – cooperativa de poupança e crédito para a inclusão financeira, esteve reunida no último sábado, em assembleia-geral para aprovação do relatório de actividades e contas referentes ao ano de 2022 e para eleição dos novos órgãos sociais, tendo Manuel da Luz Alves sido reeleito presidente do conselho da administração da Soldifogo e por inerência da Soldifogo Coop.
Além da digitalização como processo contínuo para atingir a todas famílias rurais, a Organização de Solidariedade Social para o Desenvolvimento da Ilha do Fogo (Soldifogo) tem como desafio a formação dos seus colaboradores em técnicas indispensáveis para a elevação e transformação em Micro-banco da Região Fogo/Brava para todo o país e diáspora, segundo Manuel da Luz Alves.
A maturidade da consciência empresarial para um banco de referência nacional, de aposta no investimento nas áreas de vocação agropecuária da Região Fogo/Brava, a valorização e empoderamento das Associações Comunitárias para encontrar a melhor forma de utilização dos seus excedentes e a procura dos sistemas e mecanismos de financiamento a Soldifogo, ao lado das associações comunitárias na Ilha, constam do rol dos desafios futuros.
A aquisição de sede própria e definitivamente instituída e o Plano Estratégico de Negócios para os próximos anos que está em construção para os próximos cinco anos são outras apostas da Soldifogo.
Além do presidente do conselho de administração, foram eleitos os membros para outros órgãos, nomeadamente assembleia-geral, conselho de administração e conselho fiscal da Soldifogo, sendo que o presidente da mesma assume a presidência do conselho de administração do Soldifogo Coop, devendo os outros membros serem renovados antes do dia 31 de Outubro.
Actualmente a Soldifogo Coop dispõe de balcões de atendimento na cidade de São Filipe (sede), Mosteiros e em Patim (zona sul) de forma a descentralizar a prestação de serviços desta instituição aos seus clientes.
É notório que a Soldifogo tenha gerado a confiança e a visibilidade que tem no mercado para que ter mais acessos a financiamentos de capitais para continuar a crescer e em escala, respondendo às demandas e desafios das associações e dos clientes, refere o relatório de actividades.
O documento destacou ainda o facto desta organização ter concedido crédito para diferentes sectores com predominância para pecuária, agricultura, agronegócios, levando a uma maior valorização dos produtos da ilha como queijo e frutas, sublinhando que a mesma acredita que o “dinheiro existe, pode ser mobilizado e criado”.
Para os responsáveis da Soldifogo, esta organização criou milhares de postos de trabalho e centenas de riquezas familiares, não só pela acumulação de recursos, mas sobretudo pela transformação do “chip” na memória colectiva e na mudança da mentalidade das pessoas beneficiárias.
A Semana com Inforpress