A directora do ‘São Francisco de Assis’, Liziana Barros, disse que a situação do psiquiatra chegou a ser reposta, mas por questões familiares teve de sair de emergência, pelo que o hospital está há 11 meses sem psiquiatra e sem o Serviço de Psiquiatria, que está a ser prestado pelos clínicos gerais.
Questionada sobre a necessidade de se ter uma ala para os doentes mentais que deambulam pelas ruas e com comportamento agressivos, Liziana Barros pontuou que a função do hospital não é ter alas para internamento, mas estar mais focado na compensação dos doentes mentais.
Lembrou que às vezes o hospital tem situações de doentes mentais internados e com vários meses porque a própria família não quer recebê-los, situação que tem estado a criar “muitos constrangimentos” a este estabelecimento hospitalar.
Com relação a esta problemática, advogou a necessidade de se pensar na criação de um centro de recuperação porque, explicou, há muitas pessoas que descompensam pelo uso abusivo do álcool ou de outras substâncias psicoativas, que são compensadas pelo hospital, mas precisam de outro acompanhamento em centros especializados.
Neste momento, apesar de inexistência de especialista na área de Psiquiatria, o hospital dispõe, dentro do Serviço de Medicina, de um espaço separado de isolamento que foi trabalhado para acolher doentes com perturbações mentais, sobretudo do sexo masculino,00 “que são os mais agressivos”.
“Falamos da construção de um novo espaço e está previsto no nosso plano de actividades, falta o financiamento para poder avançar”, declarou Liziana Barros, salientando que esta é uma questão que o hospital quer alertar a população porque não pode ficar com pacientes internado há dois anos porque a família não quer acolhê-los de volta.
A Semana com Inforpress