Por volta das 16:00 horas, uma frente activa estava a menos de 300 metros de uma casa habitada por uma idosa, mas até ao momento ninguém foi retirada da sua residência e os bombeiros dos três municípios, apoiados por populares, estão no terreno a combater o incêndio.

O vereador pela área de Protecção Civil da Câmara de São Filipe, Euclides Fernandes, que se encontra no local do incêndio, disse à Inforpress que por volta das 16:00 a situação estava mais complicada que a registada ao meio dia e meio, altura em que os bombeiros chegaram a controlar o incêndio, sublinhando que com a mudança da direcção do vento as chamas tomaram uma proporção maior.

Com relação à origem do incêndio, Euclides Fernandes disse que ainda está por apurar e que de momento não se sabe ao certo qual foi a origem, porque, explicou, existem pelo menos duas versões diferentes, uma de que o incêndio teve origem na sequência de queima de sacos de cimentos após a conclusão da colocação de betão armado numa obra em Campanas de Baixo.

A outra versão, indicou, aponta para a limpeza de terreno agrícola, sublinhando que a causa do incêndio será apurada pelas autoridades competentes, já que a missão neste momento do Serviço de Protecção Civil é combater o incêndio.

Euclides Fernandes disse que na noite de domingo a Protecção Civil e os bombeiros voluntários da câmara de São Filipe tiveram conhecimento do incêndio por volta das 22:00 horas e deslocaram-se até Campanas de Baixo, mas no local ninguém lhes deu informação sobre o local do incêndio.

Segundo o responsável, como não estavam visíveis indícios de fogo regressaram a São Filipe e hoje, 29, por volta das 10:00 receberam a comunicação de que o fogo voltou a reacender e que estava a encaminhar-se em direcção a Campanas de Cima.

Na sequência, explicitou, o Comando Regional da Protecção Civil accionou os bombeiros de Santa Catarina e dos Mosteiros que responderam de imediato com deslocação de uma dezena de elementos que se juntaram a outros 12 de São Filipe que desde antes do meio dia estão a combater as chamas, apoiados por cerca de duas dezenas de populares.

Euclides Fernandes avançou que ainda não dispõe de informações relativas a área devastada pelo fogo, o que será feito a posteriori pelos técnicos do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA), adiantando que as chamas lavraram em terrenos agrícolas e sobretudo em áreas não cultiváveis com muito combustível como sisal, carrapateira, pastos e algumas árvores de frutos, nomeadamente mangueiras que foram consumidas pelas chamas, acrescentando que os proprietários estão a apoiar no combate e a evitar que as chamas atinjam as suas fruteiras.

O mesmo reconheceu que a frente activa aproxima-se da moradia, sublinhando que os bombeiros estão a tentar cortar a linha de propagação do incêndio para não atingir moradias de pessoas.

Segundo o Euclides Fernandes, o acesso é complicado para viaturas de combate a incêndio e outras e que dada a distância da estrada não há mangueiras suficientes para fazer com que água chegue ao local do incêndio, observando que o combate tem sido feito manual com recurso a enxadas, pás e outros equipamentos.

A Semana com Inforpress