Durante quatro dias da megacampanha de plantação, a associação prevê afixar pouco mais de dez mil plantas de cinco espécies diferentes visando a reflorestar este espaço da área protegida do Fogo, que tem sofrido pressão principalmente do homem que tem utilizado as espécies para alimentação de animais, sobretudo caprino.
O coordenador das plantas endémicas do Projecto Vitó, José Luís de Pina, disse que a escolha de bordeira exterior é porque foi definido anteriormente por outros projectos, mas também porque nos últimos dois anos o Projecto Vitó realizou campanha de plantação neste espaço, já que dispõe de um estudo de base e de uma noção sobre as espécies que existiam anteriormente e que necessitavam ser reintroduzidas.
Segundo o mesmo, esta área precisa ser recuperada porque antes da criação do Parque Natural do Fogo sofreu “grande pressão”, sobretudo dos agricultores e criadores de gado através de recolha de pastos e lenha e de pastoreio livre que contribuíram para a sua degradação.
O Projecto Vitó continua a reflorestar a parte da Bordeira exterior, apesar de nos últimos dois anos ter apostado na sua recuperação, porque, explicou o coordenador das plantas endémicas, houve perdas e a hipótese de sucesso de sobrevivência das plantas se reduziu devido à seca e ao calor, acrescentando que a acção deve ser contínua para atingir uma taxa de sucesso significativo na recuperação da área degradada.
No primeiro dia da megacampanha, além das pessoas que irão afixar as plantas, participam na mesma mais de duas dezenas de pessoas e o Projecto Vitó pretende levar o maior número possível de plantas do viveiro em Achada Furna para a zona alta para poder atingir a meta de plantação de mais de dez mil plantas endémicas de cinco espécies diferentes.
As plantas foram produzidas pela Associação Projecto Vitó, em parceria com delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente e Associação de Desenvolvimento Comunitário de Montado Nacional, no quadro do Programa de Conservação de Plantas Endémicas, denominado “É o momento para a conservação das plantas endémicas ameaçadas de Cabo Verde”, com carácter nacional, financiado pela fundação Suíça Audemars Piguet.
As cinco espécies produzidas e que vão ser afixadas durante os quatro dias da megacampanha de plantação de plantas endémicas são Língua de Vaca, Lantisco, Cravo brabo, Malagueta Galinha e Funcho, segundo o coordenador das plantas endémicas, José Luís de Pina.
A Semana com Inforpress