José Maria Neves, que presidiu, no início da noite de quarta-feira, à inauguração do letreiro “Fogo, Reserva da Biosfera” colocado nas imediações do Parque de Alto Santa Luzia, junto do aeródromo de São Filipe, referiu que a ilha do Fogo “é extraordinariamente rica” e tem grandes potencialidades.
Apontou o vulcão e a sua beleza paisagística, mas também os produtos como o café e o vinho, por exemplo, que contribuíram também para que hoje seja Reserva Mundial da Biosfera.
“É preciso que continuem a trabalhar e o Projecto Vitó com as variedades enormes de actividades em estreita parceria com as edilidades da ilha do Fogo para poderem valorizar todas as riquezas que esta ilha ostenta”, advogou.
O Presidente da República destacou a importância da sua presença no acto, na qualidade de Champion da União Africana para a preservação do património natural e cultural africana.
Prometeu trabalhar juntamente com a Unesco e todo o Sistema das Nações Unidas, com outros países e parceiros internacionais para apoiar as organizações não-governamentais (ONG), as câmaras municipais, particularmente da ilha do Fogo, para continuarem a trabalhar com esta dinâmica e vontade não só para preservar o património natural e cultural, mas também para acelerar o ritmo de desenvolvimento desta ilha do Fogo, tornando-a mais competitiva, mais inclusiva e ambientalmente sustentável.
O presidente da Câmara Municipal de São Filipe e presidente em exercício do Fogo Reserva da Biosfera, Nuías Silva, salientou que a inauguração deste letreiro é um dos primeiros passos que estão a ser dados naquilo que é a implementação operacional da Reserva da Biosfera do Fogo, declarado em finais de 2020.
Segundo o mesmo, desde essa altura institucionalizou o Conselho Directivo, presidido pela câmara de São Filipe e iniciou-se um processo junto do Governo para mobilização de recursos junto do Fundo do Ambiente de Portugal para a implementação da reserva, acrescentando que, neste momento, existe uma consultoria para a implementação da reserva, sobretudo nos aspectos relativos à marca e ao aspectos mais técnico-prático da gestão da reserva.
“Paralelamente ao processo institucional com o Governo, a implementação arrancou muito antes com o Projecto Vitó e com a colocação das placas de sinalização com alguns aspectos e objectivos da reserva em Chã das Caldeiras e no município dos Mosteiros”, referiu Nuías Silva, acrescentando que depois com a intensificação do diálogo entre o Projecto Vitó e a Reserva da Biosfera do Fogo.
Nuías Silva explicou que desde o início identificou-se o Projecto Vitó como a organização que poderia vir a assumir as funções executivas da Reserva da Biosfera sem ter a necessidade de duplicar esforços para criar nova organização para o efeito.
Este avançou que na próxima reunião do conselho consultivo espera poder fechar o processo e formalmente indicar o Projecto Vitó como o braço executivo da Reserva da Biosfera e poder criar o substrato legal para contratar técnicos que estão identificados para trabalhar neste importante selo que a ilha ostenta.
Já o edil de Santa Catarina do Fogo, Alberto Nunes, destacou as grandes potencialidades que a ilha tem e espera que venham a ser aproveitadas e transformar as potencialidades em oportunidades para todos.
A Semana com Inforpress