O edil que presidiu a abertura da segunda edição de “São Filipe Coding Summer Boot Camp”, que este ano contou com mais participantes, num total de 53 inscritos, defendeu que é necessário começar a ensinar desde pequeno às crianças, adolescente e jovens a linguagem do futuro, que segundo o mesmo é a linguagem da programação e das tecnologias, mas também a introdução às línguas estrangeiras ligadas às tecnologias de informação e comunicação.

“Estamos a fazer aqui o lançamento das sementes e prevejo que estão a cair em bons solos e daqui a alguns anos teremos bons frutos”, disse o edil, sublinhando que a realização da segunda edição é demonstrativa de que este é o caminho.

Por outro lado, salientou que esta iniciativa visa a mudança de paradigma porque a nossa sociedade é ainda de consumo e espera que as crianças, adolescentes e jovens possam ajudar a fazer uma transição para sociedade de produtores.

“Queremos e ambicionamos ter um papel importante na produção de tecnologia e de conhecimento que pode, a partir de Cabo Verde exportar para o mundo tecnologias nas áreas da agricultura, da informática, da produção de conteúdos digitais para o mercado da diáspora e internacional, bastando para tal a orientação das crianças, adolescentes e jovens nesta direcção.

A cerimónia de abertura contou com a presença dos presidentes das câmaras municipais da Região Fogo/Brava e na ocasião, Nuías Silva desafiou os parceiros desta edição para, junto com as outras câmaras municipais, realizar no próximo Verão algo regional descentralizado que começa em São Filipe e com réplicas nos outros municípios, sublinhando que seria uma “ideia interessante” para capacitar aquilo que é maior capital de Cabo Verde e da região que é o capital humano.

A abertura contou igualmente com a presença de um dos parceiros, a Unitek e o presidente da edilidade referiu que a sua câmara está a trabalhar com esta empresa para que o Fogo venha a receber um dos centros de inovação da Unitek.

“Estamos a trabalhar os princípios de uma parceria entre a Câmara e a Unitek e muito mais entre a Região e a Unitek para que São Filipe venha sediar este centro e ter jovens, empresas que são incubadas aqui para fornecer ferramentas e financiamento para poder ter conhecimento e produzir a partir da Região tecnologias em várias áreas”, disse

O encerramento do evento acontece daqui a cinco semanas com a realização de uma feira tecnológica referiu Nuías Silva, lembrando que “São Filipe Coding Summer Boot Camp” é uma forma inovadora de ocupar os tempos livres de Verão com actividades de recreio e estímulo intelectual para que continuem a pesquisar e aumentar conhecimento do coding e programação.

A realização da II edição São Filipe Coding Summer Boot Camp é proporcionar aos alunos do ensino básico e secundário experiências práticas com a robótica, informática, programação, segurança cibernética, empreendedorismo e outros tópicos relevantes e que lhes permitirão desenvolver as habilidades cruciais para o mercado do futuro, incluindo competências sociais, referiu a vereadora da Educação, Eva Spínola, destacando que a câmara municipal tem estado a valorizar o capital humano e prova disso é que além de infra-estrutura, quase metade do orçamento visa a valorização e capacitação das pessoas e começando pelos mais pequenos.

Um dos formadores, Félix Martins apresentou o conteúdo para esta edição, nomeadamente a robótica básica, incluindo a robótica sustentável, electrónica básica, microcontroladores e uma exposição de projectos na feira tecnológica, já que na edição anterior foram dados maior atenção à lógica de programação, coding e microcontroladores.

Esta edição pretende ser uma forma de ocupação de Verão saudável, a partir de um acampamento de programação, dando às crianças, os adolescentes e os jovens a oportunidade de criarem aplicativos, robôs, mas também promover o ensino de programação e robótica.

A Semana com Inforpress