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Fogo: Ordem dos Engenheiros disponível para mobilizar parceiras para apoiar municípios da ilha na área da drenagem 07 Novembro 2023

A Ordem dos Engenheiros de Cabo Verde mostrou-se disponível para mobilizar parcerias para ajudar os municípios da ilha do Fogo a equacionar a problemática de drenagem de águas e evitar estragos futuros como os de Agosto e Setembro.

Fogo: Ordem dos Engenheiros disponível para mobilizar parceiras para apoiar municípios da ilha na área da drenagem

Uma missão da Ordem dos Engenheiros de Cabo Verde (OECV), chefiada pelo bastonário, Carlos Monteiro, está de visita à ilha do Fogo com objectivo de se inteirar dos estragos provocados pelas chuvas deste ano e quais as possíveis contribuições que a Ordem pode dar.

Da mesma forma, a ideia é analisar como está o pulsar dos engenheiros inscritos na ilha do Fogo e que são membros da direcção regional de Santiago, Fogo, Maio e Brava.

O bastonário manteve encontros de trabalho com os presidentes das câmaras de Santa Catarina e São Filipe, os dois mais afectados pelas chuvas, e visitou algum ponto crítico na cidade de São Filipe.

Na sequência disse que no âmbito dos protocolos que a ordem tem com as congéneres de Portugal, Brasil, Angola e Moçambique, e dos “contactos privilegiados” com investigadores de outros países vai equacionar a possibilidade de trazer algum expert que possa, em São Filipe e em Santa Catarina, falar sobre os aspectos relacionados com a drenagem nos dois municípios.

“Toda a parte urbana da ilha é construída numa superfície bastante inclinada, daí que todo o cuidado relacionado com a drenagem é importante”, declarou Carlos Monteiro, indicando que irá procurar o apoio de alguma ordem e de especialistas que possam dar uma contribuição eventualmente em formato online ou mesmo presencial.

Segundo o mesmo, um dos propósitos da OECV é aproximar-se das câmaras municipais, através de contactos mais assíduos com os engenheiros que trabalham nos concelhos e ilhas, inteirar-se das suas necessidades em desenvolvimento técnico e procurar promover encontros e formação de curta duração que possam ser úteis para melhorar o desempenho dos mesmos.

Carlos Monteiro referiu que é da competência do Governo a colocação de engenheiros nas câmaras municipais para reforçar as suas competências, sublinhando que “é urgente e necessário” que isso aconteça para que as câmaras possam responder adequadamente aos desafios.

“Não é cabível que haja câmaras ainda sem engenheiros devidamente inscrita na Ordem ou que tenha dificuldade em ter um corpo técnico com competência necessária”, disse, sublinhando que o desenvolvimento não se faz só com boa vontade, mas é preciso que haja recursos financeiros e competências adequadas aos desafios de cada ilha e concelho.

Quanto ao estabelecimento de um protocolo de colaboração proposto pela câmara de São Filipe, o bastonário avançou que vai ao encontro à sua instituição que aposta na aproximação com as câmaras municipais, sublinhando que a Ordem dos Engenheiros vai trabalhar numa proposta do protocolo e definir a contribuição de cada parte.

A ideia de estabelecer um protocolo mostra que a câmara de São Filipe “está disposta a cooperar” com a Ordem dos Engenheiros, referiu.

Com relação à preocupação dos engenheiros da ilha ou que estão na ilha, Carlos Monteiro disse que tem a ver com o processo de inscrições e no encontro realizado e contou com a participação de uma dezena de engenheiros, dos quais apenas quatro não estão devidamente inscritos, foi passada toda a informação relativamente a este processo.

O presidente da Câmara Municipal de São Filipe, Nuías Silva, qualificou de “boa” a iniciativa da Ordem dos Engenheiros, destacando a necessidade da união de esforços de todos para ajudar, cada um dentro da sua área de competência, na reposição da normalidade.

Nuías Silva lembrou que desde o início defendeu que a vontade da câmara é mobilizar todas as parcerias para que o novo São Filipe que venha a reerguer, depois deste desastre, possa ser e estar mais resiliente relativamente aquilo que é o futuro.

A câmara, assinalou, está disposta a entrar com “todo o apoio logístico” para formação e outras iniciativas da Ordem, acrescentando que também abordou com a delegação a questão do apoio técnico de engenheiros especialistas no quadro das parcerias que a Ordem dos Engenheiros tem com as suas congéneres de CPLP para ajudar o gabinete técnico e a própria ilha a ter um sistema de drenagem nas áreas.

“Houve receptividade e vamos trabalhar para assinar este protocolo de colaboração com a Ordem”, concluiu.

A Semana com Inforpress

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