Em conferência de imprensa para se posicionar e responder às recentes declarações feitas pelo PAICV sobre o município de Santa Catarina do Fogo, o porta-voz da Comissão Política Regional (CPR) do Movimento para a Democracia (MpD), Michel Andrade, sublinhou que o que disse que a representante da JPAI em Santa Catarina do Fogo, “a mando dos caciques do PAICV”, não contém “uma palavra verdadeira sequer”.
“Não existe em Santa Catarina do Fogo nenhum atrito entre o MpD e só na cabeça do PAICV, existe tal nebulosa”, referiu, acrescentando que tal é fruto de um trabalho meritório de todo o sistema MpD em Santa Catarina do Fogo, onde inclui Alberto Nunes.
Michel Andrade lembrou que, neste momento, o “PAICV não existe praticamente em Santa Catarina”, não dispõem de uma estrutura local e nem uma liderança na Assembleia Municipal e, segundo o mesmo, “foi declarado extinto publicamente pelo então líder da bancada, que manifestou não lá mais voltar, para defender o PAICV porque são ’uns compráveis’” e que venderam a dignidade partidária aquando da aprovação do orçamento na sessão de Novembro do ano passado”.
Por outro lado, disse que, não obstante gabar-se de que esta ilha é o seu baluarte, desde 2016 não venceu uma única eleição em Santa Catarina do Fogo graças ao trabalho notório do MpD e da CM suportada pelo partido.
Ataques pessoais ao presidente Alberto Nunes e aos membros do MpD-SC, por intermédio seja quem for, não abona o PAICV, e não irá reverter o quadro de derrotas que tem sofrido.
Para o MpD, mentir, manipular, comprar consciência, desinformar, chantagear e perseguir não fará parte da vivência comunitária e estará atento para rebater sempre que maliciosamente o fizerem, destacando que hoje o PAICV, liderado a nível do Fogo por Nuías Silva, vive e tenta sustentar-se à base de inverdades porque mentir é normal para este partido já que faz parte do seu DNA, tendo apontado vários casos relativamente à Câmara Municipal de São Filipe.
Michel Andrade adianta ainda que a falta de norte, de assunto e inexistência de soluções que configurem uma alternativa credível por parte do PAICV em Santa Catarina do Fogo incomoda o PAICV e o leva ao desespero.
“A nossa câmara municipal está focada no cumprimento da sua plataforma sufragada em 2020 e não vai ter mais tempo para responder às leviandades do PAICV que visam apenas duas coisas: poder e defesa do partido acima de tudo”, disse.
Questionado sobre o posicionamento nas redes sociais do eleito municipal pela bancada do MpD, Michel Andrade disse que é uma apreciação e avaliação do eleito que é livre para fazê-lo e que se achar que o presidente já perdeu a liderança é apenas a sua abordagem e juízo de valor.
Quanto aos “comprováveis” que votaram no orçamento de 2023 e como o eleito do MpD que tinha chumbado dois orçamentos votou favorável, questionado se este também fazia parte dos “compráveis”, Michel sublinhou que apenas fez referência aos eleitos do PAICV.
Com relação a obtenção de vistos para os Estados Unidos da América e depois o cancelamento da viagem com os elementos que deviam integrar a missão a irem de férias, o responsável do MpD em Santa Catarina adiantou que a viagem deve ser feita de forma organizada.
Questionado se é normal o expediente utilizado pela câmara para obtenção de vistos para os Estados Unidos Michel Andrade disse que “tudo não passa de invenção”, mas quando confrontado com a integração na lista de um condutor da edilidade de Santa Catarina, o único que foi recusado o visto, afirmou desconhecer a lista.
Sobre o nepotismo com contratação de familiares directos do presidente, Michel Andrade disse num primeiro momento que não corresponde à verdade para depois afirmar que “é normal que os irmãos do presidente tenham sido contratados e as pessoas podem consultar os contratos na câmara”.
Já com relação ao desentendimento entre o presidente e um dos vereadores, Michel Andrade salientou que no município vive-se na democracia e os desentendimentos e a luta interna são normais e que o MpD os aceita está a geri-los com tranquilidade. A semana com Inforpress
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