O presidente da Câmara Municipal dos Mosteiros, Fábio Vieira, garantiu que os blocos de pedras atingiram parcelas irrigadas nas localidades de Sumbango e Murro e provocaram a morte de alguns animais, resultando assim prejuízos que ultrapassam os 500 contos.
“Algumas propriedades agrícolas no sopé daquela encosta foram devastadas, os proprietários falam em prejuízos avultados”, salientou o edil dos Mosteiros, observando que, além destes, há outros constrangimentos que afetam os operadores de transporte, comerciantes, funcionários e estudantes das localidades da zona norte que para chegarem ao centro são obrigados a arranjar alternativas e sem garantia de quando será reposta a normalidade.
Após o incidente que deixou a zona alta do norte dos Mosteiros isolada devido à intransitabilidade no único troço de acesso às localidades de Rocha Fora, Ribeira do Ilhéu e Atalaia e ao município de São Filipe, via norte interditada, a empresa responsável pela manutenção da Estrada Nacional de Sumbango enviou máquinas e camiões para a limpeza e desobstrução do troço que se espera venha a ser concluída, o mais tardar, até o início da próxima semana, para permitir a circulação de pessoas e viaturas.
Até à tarde de quinta-feira a edilidade dos Mosteiros não tinha sido contactada pela Estradas de Cabo Verde, entidade responsável pelas estradas nacionais, avançou o presidente Fábio Vieira.
Apesar disso, o edil dos Mosteiros manifestou a sua preocupação e alertou o Governo para a necessidade de se ter uma intervenção de fundo e mais consistente porque, explicou, as “intervenções de cosmética” que têm sido feitas não têm dado respostas e sistematicamente tem havido queda de pedras.
O desabamento ocorrido na noite de quarta-feira, 01 de Março, aconteceu alguns dias depois da ocorrência de um evento parecido, mas de menor gravidade, próximo do local de onde desprenderam penedos que obstruíram a via e destruíram parte do muro de proteção da estrada.
A Semana com Inforpress