O diretor executivo da Associação Projeto Vitó, Herculano Dinis, avançou que esta organização não-governamental inicialmente desenhou este programa para 50 embarcações de pesca das duas ilhas, mas que neste momento estão inscritos 86 pescadores.

Por isso, a associação está a tentar mobilizar mais fundo para dar cobertura a todos os 86 pescadores que demonstraram interesses em colaborar neste programa.

O mesmo consiste na atribuição às embarcações de pesca artesanal de um kit para apoiar no reforço da segurança no mar, e que inclui rádio VHF, telefone, coletes salva-vidas, boias de sinalização de emergência e aparelho GPS para ajudar na navegação.

Além deste kit de segurança, o Projecto Vitó vai disponibilizar um segundo kit com equipamentos, denominado de kit de monitorização, com equipamentos para recolha de informações da biodiversidade e de observação de aves marinhas, tubarões, baleias, raias, golfinhos, tartarugas, captura acidental das espécies e toda a informação de megafauna marinha, através de um guia de registo e equipamentos para suportar identificação.

“Será um trabalho de colaboração em que entramos com materiais de segurança na primeira fase e depois com formações de mergulho, manuseio de pescado, gestão de pequenos negócios”, disse Herculano Dinis, sublinhando que a associação está a articular com o Centro de Emprego e Formação Profissional para a realização das acções, sublinhando que o programa começou a ser implementado há três meses.

A Associação Projecto Vitó está na fase final de aquisição dos materiais e equipamentos para os pescadores das ilhas Brava e do Fogo e o seu diretor executivo acredita que até final deste mês de Março devem chegar à ilha e começar assim a implementar o Programa Guardiões do Mar.

Com relação a aquisição de uma embarcação versátil de até 12 metros de comprimento, capaz de permitir deslocações aos Ilhéus Rombos da equipa técnica do Projecto Vitó, o director executivo disse que está pronta em Portugal e que o presidente desta organização não-governamental, Paulo Pina, deve deslocar-se àquele país para fazer teste na água e, por isso, acredita que até Abril a embarcação estará em Cabo Verde.

Para aquisição da embarcação de apoio nos trabalhos realizados por esta ONG nas ilhas do Fogo e Brava e Ilhéus Rombos, o Projecto Vitó aplicou o “fundo de saída” atribuído pela Fundação Mava, que financiou várias das actividades.

Devido a “boa implementação” das actividades optou por apoiar o Projecto Vitó com o chamado “fundo de saída”.

A Semana com Inforpress