O administrador da Suifogo, Manuel Mendes, disse que a “empresa suspendeu toda a produção de queijos, carnes e enchidos desde terça-feira, 31 de Outubro por falta de água e electricidade”, acrescentando que o prejuízo é enorme tanto para a empresa como para os criadores.
A Suifogo, que investiu na aquisição e produção dos seus próprios animais (porcos), tem neste momento, segundo o administrador, duas centenas de suínos e a reserva de água terminou na quinta-feira, estando por isso a enfrentar graves problemas.
“A retoma da produção dependerá da normalização do fornecimento de energia e do abastecimento de água. Não podemos retomar sem ter garantia de normalização porque a capacidade do nosso gerador é inferior a 24 horas e queijos, carnes e outros são produtos que exigem frio durante 24 horas/dia”, disse o administrador.
Segundo o mesmo, desde o dia 29 de Outubro que a empresa não foi abastecida com água para a produção e a reserva que dispunha já terminou porque consome em média duas toneladas de água e não há garantia de quando será feito o abastecimento de água.
Neste momento a Suifogo produz uma média de 300 queijos dia além de produção de carne e enchidos e tem neste momento 20 porcos prontos para o abate o que ainda não aconteceu por falta de garantia no fornecimento da energia.
O administrador disse que o corte no fornecimento de energia ocorreu numa altura em que a empresa estava a realizar teste de queijo de cura e tinha muitas amostras na câmara de cura e acabou por perder grande parte, sublinhando que ainda assim conseguiu salvar uma parte, recorrendo aos frigoríficos, mas é necessário analisar toda a amostra e caso não estiver em condições terá de retomar o processo de novo para depois lançar o queijo curado no mercado.
A Cooperativa de Produtos Agrícolas e Pecuárias (Coopap) de Cutelo Capado também suspendeu a produção de queijo desde segunda-feira, 30, pelas mesmas razões, falta de energia e fornecimento de água.
Esta unidade já contabilizou grandes prejuízos com a falta de energia eléctrica na sua unidade de produção e segundo o seu responsável Camilo Nédio, uma grande quantidade de queijo foi colocada no lixo e o prejuízo ultrapassa os 300 contos.
Camilo Nédio disse que além da não produção durante cinco dias, que seria 1.100 queijos (a produção diária é de 220 queijos), a produção de cinco dias foi colocada no lixo (1.100) assim como cerca de 200 queijos curados de grande dimensão.
Apesar da Electra ter comunicado a normalização da situação, as duas unidades semi-industriais de produção de queijo continuam, por volta das 09:00, do dia 03 de Novembro, sem energia e consequentemente sem água, cujo abastecimento depende da energia para a bombagem e elevação.
A Semana com Inforpress