O programa da visita, organizada pelo grupo, de 162 deputados, prevê que a militante ecologista — que está em todos os noticiários há um ano após apelar pela proteção do planeta e conseguir unir os jovens em toda a Europa — irá falar numa reunião aberta depois de ser recebida pelo presidente da Assembleia Nacional, Richard Ferrand, e de assistir às perguntas ao governo, na tribuna de honra.
Contra a vinda de Greta Thunberg — que começou a sua militância aos 15 anos como “a aluna sueca em greve às aulas por amor ao clima” —estão figuras preeminentes da direita francesa, da extrema-direita e até do centro-direita.
Argumenta-se: “Respeito a liberdade de pensamento…, mas não contem comigo para aplaudir uma profetisa de tenra idade”, como Julien Aubert escreveu no Twitter. Este eleito do partido LR-Republicanos, de Vaucluse, qualifica a jovem sueca de “Prémio Nobel do Medo”.
Guillaume Larrivé que, como Aubert, é candidato à liderança do LR, exortou os colegas “a boicotar Greta Thunberg na Assembleia Nacional”. “Para lutar inteligentemente contra o aquecimento climático, não precisamos de gurus apocalípticos, mas de progressos científicos e de coragem política”, tuìtou também Larrivé.
No mesmo diapasão, a também deputada LR Valérie Boyer considerou que a Greta Thunberg é uma “jovem ativista totalmente dominada”, entenda-se pelo lobby dos Verdes”.
“Não à infantilização obscurantista, à moral de chinelas e ao terror pelo medo. Greta Thunberg convidada de honra é a Assembleia a cobrir-se de ridículo”, considerou Louis Thieriot, deputado LR de Seine-et-Marne.
«Vamos ser muitos os que preferiremos cumprir as nossas tarefas com seriedade em vez de participarmos num “show”», garantiu a eleita LR de Hauts-de-Seine, Constance Le Grip.
Sébastien Chenu, deputado da União Nacional da região Norte, preferiu perguntar “Se eu disser que não quero ir ajoelhar-me perante Greta Thunberg, esta criança de 16 anos convidada à Assembleia por representantes da nação, será que eu estou fora do politicamente correto?” Fontes: Le Monde/Arquivo.