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França: Morte de Lola, 12 anos reacende debate sobre imigração 19 Outubro 2022

A suspeita da morte de Lola — cujo corpo com sinais de tortura foi encontrado na sexta-feira dentro dum contentor — é uma imigrante argelina, de 24 anos, que entrou legalmente no país há seis anos como estudante, mas que desde agosto estava em processo de expulsão de França porque não lhe foi renovada a autorização de residência.

O presidente Emmanuel Macron recebeu no palácio do Eliseu, na terça-feira, os pais da menina assassinada e prometeu-lhes todo o apoio.

Mas a ocasião foi aproveitada pelos partidos da oposição, da esquerda até à direita, para acusar o governo de ter "falhado com a família" da vítima porque não deram seguimento à OQTF (obrigação de deixar o território francês) emitida em agosto contra Dahbia B.

Na sessão de ontem na Assembleia Nacional, o líder d’Os Republicanos (LR) acusou o ministro da Administração Interna: "É sua responsabilidade a morte desta criança, porque não expulsou aquela cidadã estrangeira".

Marine Le Pen, do partido RN da extrema-direita, condenou a política imigratória "laxista" do governo.

"A suspeita neste crime barbaro tinha sido expulsa do nosso país — isto foi há três anos! O que é que está a impedir o governo de dar um basta a esta imigração clandestina descontrolada?"

"Um pouco de decência", reagiu a primeira-ministra Elisabeth Borne dirigindo-se à Marine Le Pen a quem pediu para mostrar "mais respeito pela dor dos pais e pela memória de Lola".

"Vamos deixar a polícia fazer o seu trabalho", rematou a chefe do governo nesse debate parlamentar.

Tortura

A criança de doze anos não regressou da escola à hora prevista. Foi encontrada horas depois no contentor que acolhe o lixo do bloco de apartamentos onde residia.

A autópsia revelou como causa da morte uma "insuficiência cardiorrespiratória" com "sinais de asfixia e compressão cervical".

Sinais de tortura eram os ferimentos no rosto, costas e pescoço — que não tinham sido causa da morte.

O pai de Lola é o porteiro do bloco de apartamentos e foi o primeiro a apontar Dahbia B. como a principal suspeita com base nas imagens de videovigilância.

A investigação mostrou que um homem de 43 anos a ajudou a colocar o corpo no contentor.

Fontes: Le Parisien/Le Figaro/Paris Match/BBC/DW.

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