A condenação de hoje em instância de recurso resulta do crime de "tentar obter informações sobre uma investigação judicial de um juiz por meio de uma linha telefónica secreta descoberta por meio de escutas telefónicas".
O caso das escutas telefónicas chega assim ao seu término, sentenciado com um ano de prisão efetiva a cumprir em prisão domiciliária com pulseira eletrónica. O processo teve início em 2014 com o ex-chefe de Estado (entre 2007 e 2012) a ser indiciado pelo dossier Bygmalion, por financiamento ilegal da campanha para a reeleição, em 2012, que perdeu para François Hollande.
O advogado Thierry Herzog e o magistrado Gilbert Azibert foram condenados com as mesmas penas. O fiel advogado tentou em 2013/2014 obter informações sobre o processo que dera entrada no tribunal de primeira instância. Para isso aliciou o magistrado Gilbert Azibert, com a promessa de um "cargo prestigioso" no tribunal do Mónaco.
Nicolas Sarkozy esteve presente na leitura do acórdão, ao fim de seis meses de audiência. Esta quarta-feira saiu calado do Palácio da Justiça sem prestar declarações à imprensa.
Fontes: AFP/Le Figaro/BBC/AP. Relacionado: França: Direita protege Sarkozy condenado à prisão efetiva, 04.mar.021; França: Ex-PR Sarkozy condenado a 3 anos por corrupção ativa, 02.mar.021; Tornozeleira — que Sarkozy é 1º PR de França a usar — em Israel controla quarentenados, 03.out.021. Foto (Reuters): Nicolas Sarkozy ouve a sua sentença no tribunal de Paris. É o segundo ex-presidente da V República condenado, depois de Jacques Chirac, e o primeiro a cumprir pena de prisão.