O professor de francês Dominique Bernard na foto— "amante das belas-letras", "severo mas simpático", "rei/bourré de erudito" na gíria dos seus alunos e que deixou a universidade de Lille porque queria ensinar no seu antigo liceu — foi assassinado por um tchetcheno em nome do islamismo radical, porquê? A celebração do 16 de outubro de 2020, que vai homenagear outro professor assassinado por um também jovem checheno, surge como uma resposta possível.
Um amigo do ’profe’ Bernard, hoje esfaqueado até à morte, fez em declarações ouvidas na TF1 o retrato de "defensor da laicidade, como Samuel Paty" — o professor de história e geografia, assassinado (esfaqueado e decapitado) em 2020 por um russo com ascendência tchetchena, de dezoito anos e que estava em França desde os seis anos com o estatuto de refugiado. (Terrorismo em França: Tchetcheno de 18 anos mata e decapita professor "por mostrar caricaturas de Maomé", 18.out.020.)
França em estado de alerta
Um "concentrado de falhas" na política do organismo de acolhimento de refugiados e apátridas, OFPRA, está a ser indicado como o principal fator em mais um atentado terrorista que pôs a França em estado de alerta — levantado entretanto este sábado.
Falhas. O assassino do "respeitado professor" Dominique Bernard tem 20 anos, chama-se Mohammed Mogouchkov, "originário do Cáucaso Russo" e já "fichado como radical S", após terem-lhe recusado vários pedidos de asilo, segundo o ministro Darmanin.
Um "concentrado de falhas" na política do organismo de acolhimento de refugiados e apátridas, OFPRA, está a ser indicado como o principal fator em mais um atentado terrorista que pôs a França em estado de alerta — levantado entretanto este sábado. Um "concentrado de falhas" na política do organismo de acolhimento de refugiados e apátridas, OFPRA, está a ser indicado como o principal fator em mais um atentado terrorista que pôs a França em estado de alerta — levantado entretanto este sábado.
Primeiro a família vinda da Rússia viu rejeitado o pedido de asilo em 2014. Menores são inexpulsáveis e Mohammed em 2021 e 2022 fez o pedido — de novo recusado.
Fontes: TF1/Reuters/ Le Monde/Le Figaro/BBC/AP/... Fotos: Polícia no cenário do assassínio do professor Dominique Bernard. (Inserta) A abaya muçulmana, peça de vestuário feminina que cobre o corpo integralmente, da cabeça aos pés, proibida pela primeira vez nas escolas de França. Nesta rentrée duzentas e noventa e oito alunas apresentaram-se assim vestidas e destas 68 voltaram para casa. O ministro da Educação, Gabriel Attal, em declarações ao canal BFM-TV, disse que "elas vão ter de regressar para serem escolarizadas", porque a escolaridade é obrigatória em França, e assinou uma carta aos pais dessas alunas a destacar que "a laicidade não é uma questão de coação".