O chamado Fim-de-Semana de Governação Ibrahim (Ibrahim Governance Weekend, IGW na sigla inglesa) vai promover debates ao longo de três dias, entre hoje e domingo, sob o tema "África Global: O lugar de África no mundo de 2023”.
Entre os oradores e intervenientes estão o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, o vice-presidente da Nigéria, Yemi Obasanjo, o antigo primeiro-ministro do Sudão Abdalla Hamdok, o diretor-geral das Parcerias Internacionais (INTPA) da Comissão Europeia, Koen Doens, a presidente do Fundo de Liquidez e Sustentabilidade, Vera Songwe, e o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros britânico, Andrew Mitchell.
A secretária de Estado adjunta dos EUA para os Assuntos Africanos, Molly Phee, tinha prevista a participação, mas cancelou devido a compromissos urgentes.
Os debates, concentrados no sábado, vão explorar a "natureza mutável da relação de África com os seus parceiros internacionais, desde o crescente interesse estratégico e económico ao potencial da população jovem e recursos ecológicos, bem como o futuro do sistema multilateral e o papel de África”.
Nos restantes dias terão lugar eventos paralelos por organizações como Africa-Europe Foundation, International Crisis Group, Africa Philanthropy Forum, Climate Overshoot Commission.
Hoje à noite será realizada uma cerimónia de atribuição presencial do Prémio Ibrahim para a Excelência na Liderança Africana 2020 ao antigo Presidente do Níger Mahamadou Issoufou, que tinha sido entregue de forma virtual há dois anos.
O IGW decorre anualmente num país africano diferente, mas em 2021 foi efetuado por videoconferência devido às restrições impostas pela covid-19 e em 2022 foi substituído por um fórum dedicado às questões ambientais de preparação para a COP27.
A edição de 2021 do IGW debateu os impactos económico, social e político e sanitário da pandemia e fez recomendações sobre as principais vias para a recuperação do continente.
A Fundação Mo Ibrahim foi criada em 2006 pelo empresário sudanês Mo Ibrahim para promover a importância da liderança política e da governação pública e impulsionar o desenvolvimento económico e social em África.
Além do Prémio Ibrahim de Excelência na Liderança Africana, é também responsável pelo Índice Ibrahim de Governação Africano, que mede anualmente a qualidade da governação em 54 países africanos através da compilação de dados estatísticos e a atribuição de bolsas de estudo e investigação.
A Semana com Lusa