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Gabão: General Nguema nomeado presidente de transição 01 Setembro 2023

Sucedem-se as reações da classe política, sociedade civil e comunidade internacional ao golpe militar no Gabão, onde o general Brice Nguema foi nomeado "presidente de transição". Família Bongo estava no poder há 55 anos.

Gabão: General Nguema nomeado presidente de transição

A junta militar golpista anunciou que o general Brice Oligui Nguema, comandante da Guarda Republicana, uma unidade de elite das Forças Armadas do país, foi nomeado presidente do Comité de Transição e de Restabelecimento das Instituições.

O grupo que detém agora o poder no Gabão diz ter escolhido Nguema "por unanimidade", consumando assim o fim da dinastia da família Bongo, que liderava o país há 55 anos.

O Presidente Ali Bongo Ondimba, foi colocado em prisão domiciliária e um dos seus filhos foi detido por "traição", horas depois de os militares terem anunciado que tinham derrubado o governo, após o Presidente ter sido declarado vencedor de umas eleições marcadas por receios de violência.

Num vídeo gravado da sua residência, Ali Bongo pediu aos gaboneses para fazer barulho contra o golpe em curso. Mas o povo saiu à rua na capital, Libreville, para celebrar o fim do regime.

"Uma libertação"

Do lado da oposição, o candidato da principal plataforma da oposição, Albert Ondo Ossa, contactado pela DW, não quis comentar imediatamente a evolução da situação no Gabão. Disse que estava à espera que a situação ficasse mais clara antes de fazer qualquer declaração.

Para Gervais Oniane, presidente da União para a República e candidato às eleições presidenciais, cujos resultados foram anulados pelos golpistas, a ação dos militares é sinónimo de "libertação" e de "alegria" para o povo do Gabão.

"Esperamos que o exército, que assumiu as suas responsabilidades, leve esta transição até ao fim, de modo a que a ordem seja restabelecida no país e o processo seja restaurado para que o poder seja devolvido aos civis o mais rapidamente possível", declsrou.

Críticas da União Africana

A União Africana (UA) condenou firmemente a tomada de poder pelos militares. O presidente da comissão, Moussa Faki Mahamat, considera este ato uma flagrante violação dos principios da organização e apelou às forças de segurança para terem em conta a sua vocação republicana.

Em São Tomé e Príncipe, o primeiro-ministro, Patrice Trovoada, condenou o golpe e defendeu o diálogo para o regresso rápido à ordem constitucional no país africano, sem violência.

Reprovação internacional

A comunidade internacional também já reagiu, com um tom unido de reprovação. A França apelou a que o resultado das eleições seja respeitado e disse estar a acompanhar a evolução da situação no país.

A China e a Rússia manifestaram preocupação com a segurança do Presidente Ali Bongo e a ONU reafirmou a sua forte oposição a golpes militares.

A União Europeia (UE) também deixou um alerta, prevendo que este golpe irá aumentar a instabilidade em toda a região central de África.

O Gabão era governado pela família Bongo há mais de 55, desde a independência da França, em 1960. Este foi o oitavo golpe militar num país africano francófono em três anos. A Semana com DW África/Agências

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