Segundo escreve a inforpress, o presidente do Sindicato de Indústria e Serviços Gerais, Alimentação, Construção Civil, Agricultura, Sector de Segurança Privada, Serviços Marítimos e Portuários (SIACSA) vai mobilizar os vigilantes para desrespeitarem uma eventual requisição civil porque, disse, “recentemente um outro sindicato convocou uma greve e o Governo não fez nada”.
O que tudo indica, diz o responsável sindical que “Não pode haver dois pesos, duas medidas e não podemos ser discriminados no nosso próprio país”, acrescentando que a greve dos vigilantes pode ser desconvocada se o Ministério da Administração Interna e o da Justiça e do Trabalho resolverem o problema que, neste momento, aflige o pessoal da segurança privada.
Refere-se que entre as reivindicações, Gilberto Lima apontou a “morosidade excessiva na publicação e implementação do PIR [Preço Indicativo de Referência para a classe de vigilantes”.
O líder do SIACSA, que falava em conferência de imprensa, explicou, ainda, que falta a publicação da portaria de extensão, cuja data para a sua negociação e assinatura estava prevista para a partir de 02 deste mês, “o que não aconteceu”.
“Estamos perante uma greve nacional forçada, por causa do deixar andar das autoridades e empresas do sector”, lamentou, adiantando que esta “situação vem arrastando desde 2014”.
Na sua perspectiva, os vigilantes, em Cabo Verde, são a classe profissional “mais maltratada e desrespeitada”, auferindo um “baixo salário”, além das “péssimas condições de vida e de trabalho”.
Denunciou, por outro lado, que há “largos anos” que, a nível desta classe, não foi observada a carreira, havendo casos de vigilantes com “quatro mudanças de categorias profissionais vencidas e não são observadas pelas empresas”.
“Os vigilantes vivem numa autêntica afronta, servindo o senhor e para os mesmos não cabe nada”, pontuou o líder do SIACSA.
Paralisação do serviço de saneamento da Câmara da Praia
Entretanto, Gilberto Lima não descarta a hipótese da realização de uma outra greve, desta feita, do pessoal do saneamento da câmara municipal da Praia, por causa da não aplicação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS).
A greve deste pessoal, revelou, está prevista para os dias 19, 20 e 21 deste mês.
Segundo ele, em relação a este caso, a negociação na Direcção Geral do Trabalho foi suspensa esta quarta-feira, a fim de o sindicato ouvir os trabalhadores para uma tomada de decisão e, depois, prosseguir as negociações com os responsáveis da autarquia praiense.