“O nível de desenvolvimento alcançado por Cabo Verde, e que tanto nos orgulha, é resultado de investimentos em políticas públicas em todos os setores, e o setor da saúde é reconhecido por toda a sociedade como um setor que muito contribuiu e contribui para este desenvolvimento”, destacou a ministra, que falava, na cidade da Praia, na abertura de um seminário para assinalar o Dia Mundial de Saúde, celebrado todos os anos a 07 de abril.
Enumerando vários “casos de sucesso”, Filomena Gonçalves disse que foram graças à convivência e parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS), que celebra 75 anos, e com todas as outras organizações internacionais presentes no país.
Sublinhando também “apostas importantes” na melhoria do acesso e acessibilidades na redução da lista de espera e na qualidade dos serviços e cuidados, a membro do Governo afirmou que a “prioridade das prioridades” continua a ser a melhoria dos investimentos no setor e continuar a investir nos recursos humanos.
“Garantir a cobertura universal pressupõe fornecer aos indivíduos, famílias e comunidades serviços de saúde de qualidade, independentemente da saúde situação socioeconómica”, apontou, dizendo que para isso são necessárias políticas adequadas, profissionais qualificados e informações e orientações adequadas.
Apesar de todos os ganhos no setor da saúde, Gonçalves pediu a colaboração de todos para com o sistema, entendendo que a participação de cada família, indivíduo e comunidade é “indispensável” para melhorar a capacidade de intervenção e de prevenção.
A diretora nacional de Saúde, Ângela Gomes, também enalteceu os “feitos importantes” no setor ao longo de quase 50 anos da independência de Cabo Verde, entre os quais a cobertura universal, investimentos em infraestruturas adaptadas e inclusivas, cuidados mais especializados, tratamento gratuito em algumas doenças, aumento da rede de diagnóstico e um ambiente legal propício à implementação das políticas.
A responsável sanitária afirmou, porém, que um dos desafios continua a ser a insularidade do arquipélago e que algumas limitações de acesso aos cuidados continuam a ser fatores culturais, éticos, sociais, ideológicos e políticos.
O representante da OMS em Cabo Verde, Daniel Kertesz, disse que o país reflete os progressos alcançados a nível mundial desde a criação da organização, em 1948, com “melhorias significativas” na saúde da sua população.
Sublinhado a “resposta robusta” à covid-19, o responsável entendeu que o país está preparado para futuras pandemias, mas enumerou alguns desafios, nomeadamente o combate às doenças não transmissíveis, assegurar o número suficiente de profissionais de saúde e continuar a investir no sistema.
Sob o lema “Saúde em Todas as Políticas”, o seminário foi organizado pelo Ministério da Saúde e pela OMS, através do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), que está a promover um conjunto de atividades para assinalar o Dia Mundial da Saúde.
Este ano, o Dia Mundial da Saúde foi celebrado sob o lema “Saúde para Todos” e a OMS exortou os Governos a prosseguirem para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados com o setor, aumentar o financiamento público e assegurar a cobertura universal da saúde.
A Semana com Lusa