Em conversa com os jornalistas à margem da apresentação da estratégia nacional de redução da pobreza, Ulisses Correia e Silva, ao ser abordado sobre o projeto “Djeu” com obras paralisadas há muito tempo, disse que há um compromisso, pelo que a situação não pode continuar como está neste momento.
“As obras têm que ser feitas. Há um compromisso, um contrato, uma convenção de estabelecimento, há uma concessão e não podemos continuar com a situação que está neste momento. O empresário, o investidor, já foi contactado e esperamos que haja resposta para que possamos sair desse impasse”, declarou, citado pela Inforpress.
Ulisses Correia e Silva confirmou que o investidor tem estado a pedir prorrogações de tempo que foram atendidas em algum momento, tendo em conta a situação externa da pandemia da Covid-19 e outras situações que acabaram por criar dificuldades, mas adiantou que o Governo esta agora à espera de resposta definitiva relativamente à continuidade da execução do projeto.
Questionado se o executivo caboverdiano vai avançar com ação judicial, o primeiro-ministro disse que o Estado tem sempre possibilidade de acionar vários mecanismos, pelo que o Governo está a analisar a situação.
Macau Legend, sob a liderança do bilionário chinês David Chow, assinou um acordo em 2015 com o Governo de Cabo Verde para a construção de uma grande instância turística na praia da Gamboa e ilhéu de Santa Maria de 250 milhões de euros, que incluía hotel e casino. "As obras iniciadas em 2016 tinham a duração de três anos e deveriam estar concluídas em 2019", cita a nossa fonte, acrescentando que as únicas marcas visíveis do projeto são as fachadas do escritório e uma ponte que liga Chã de Areia a “Djeu di Praia”.
De acordo com informações veiculadas na imprensa nacional e que citam o canal de Macau TDM, as obras estão paradas há muito tempo e o atraso na execução levaram o Governo de Cabo Verde a ameaçar ações judiciais contra a companhia chinesa Macau Legend.
A Semana com Inforpress