“Em 2024 vamos ver se aprovaremos um instrumento legal vinculativo que permita convencionar tudo o que tem a ver com a produção, gestão, transportes, a rejeição tratamento e a sua reutilização de plásticos e evidentemente toda a temática do funcionamento”, afirmou.

Gilberto Silva deu esta garantia durante a abertura do acto central da comemoração do Dia Mundial do Ambiente, sob o lema “Combater a poluição plástica”, que aconteceu na cidade da Praia, com o objectivo de incentivar a conscientização e acção mundial em prol do ambiente e sensibilizar a população em geral sobre a problemática.

O governante apontou também a cooperação entre a partilha de conhecimento e das tecnologias, como outros instrumentos que têm que ser eficazes nesta luta, bem como, o multilateralismo, a cooperação bilateral e de todas as parcerias a nível nacional.

Lembrou que a poluição, sobretudo por plásticos, conjuntamente com as mudanças climáticas e com a perda de diversidade constituem as principais causas da crise ambiental do planeta terra, pelo que defendeu que toda a humanidade tem a responsabilidade de resolver a poluição plástica.

Para o ministro é preciso reutilizar e reciclar para assegurar a economia dos plásticos no planeta, de forma a reduzir a quantidade de plásticos, através da educação ambiental e adopção de melhores práticas em matéria de gestão, no sentido de melhorar a atitude e comportamentos, em relação ao uso dos plásticos.

Além disso, acrescentou ainda que se deve aproveitar os plásticos trazidos para o meio ambiente para confeccionar outros materiais que possam também ser utilizados e assim não permitir que os mesmos fiquem no ambiente e produzam bioplásticos ou outros males.

Por outro lado, Gilberto Silva apontou alguns desafios a nível do ambiente, nomeadamente, conhecer e proteger melhor a biodiversidade e a geodiversidade, e instou a sociedade a passar a ter mais consciência a nível do ambiente.

No que tange a nova lei sobre a comercialização, importação, distribuição e produção de plásticos, lançada hoje, o ministro asseverou que é preciso reforçar toda a temática que tem a ver com a fiscalização e com a poluição do uso de materiais alternativos e, acima de tudo, fazer a sensibilização a toda a sociedade.

Enquanto Governo, garantiu toda a abertura em colaborar com todas as organizações, sejam elas internacionais ou nacionais, no sentido de todos contribuir para esta política global.

Por sua vez, o representante do Escritório Conjunto do PNUD, UNFPA e UNICEF, David Matern, enalteceu a parceria estratégia do Sistema das Nações Unidas para com as questões ambientais, e aproveitou para felicitar o governo de Cabo Verde por ter aprovado a nova lei da poluição de plástico em Abril último, considerando este instrumento “muito importante” para o combate deste flagelo.

No seu discurso, prometeu que o Escritório Conjunto vai reforçar a parceria com o governo de Cabo Verde, para a implementação de políticas, que visam a conservação do meio ambiente e que possam levar ao país a alcançar o desejado desenvolvimento sustentável.

“Embora se tenha conhecimentos necessários, precisa-se também de vontade política e da acção urgente dos governos para enfrentar a crise crescente, pois os plásticos estão a poluir o planeta a um ritmo alarmante que exige uma acção global”, concretizou David Matern.

A Semana com Inforpress