Takashi Miyagawa ( foto ) recebeu a sua prenda de anos em fevereiro, em abril, em julho, segundo a data que forneceu a cada namorada. Pelo menos trinta e cinco prendas, quase simultâneas, por aniversário!
Em geral, quase toda a gente conhece, sobretudo por anomalia de registo civil, uma pessoa que faz anos em dia diferente do dia em que nasceu Mas no caso de Takashi Miyagawa, foi por escolha própria visando obter uma prenda de anos a cada novo aniversário que forjou.
"Grande gestor do seu tempo", como está a ser considerado, o japonês de 39 anos manteve uma agenda que sem a internet teria sido impossível de gerir. Encontros em jardins idílicos por entre cerejeiras em flor. Chá da tarde em salões da cidade.
A trabalhar em part-time, e a precisar de mais rendimento, o telemarqueteiro viu a sua janela de oportunidade nos namoros virtuais, com mulheres seduzíveis.
A namorada de 47 anos, confiante de que era namoro para casar, entregou-lhe a prenda no dia 22 de fevereiro, no seu primeiro encontro no centro de Quioto durante um almoço.
Outra, de 40 anos, fez questão de marcar em lugar especial a entrega da prenda ao aniversariante de julho: num parque de Osaka, com as cerejeiras ainda em flor. Seria o mesmo local, ou talvez não, do primeiro encontro (em abril das primeiras flores) com a namorada-noiva de 35 anos.
Trinta e cinco é já o número de mulheres, muitas em idade madura, que levaram ao aniversariante prendas. Muitas delas, logo no primeiro encontro. Em restaurantes, em casas de chá, em passeios pelos parques, até em templos budistas — que abundam na região de Kansai, conhecida desde o sucesso do Mario e do Luigi, os canalizadores criados pela marca Nintendo.
Associação das vítimas de Takashi
As três primeiras que se deram conta da fraude, ao encontrarem-se online, avançaram com a ideia de criar uma associação certas de que haveria mais vítimas. Ao chegarem às trinta e cinco, chamaram a televisão.
A reportagem da estação MBS de Osaka divulgou o caso, após conseguir flagrar o Takashi numa rua de Osaka em janeiro. Desde fevereiro que o malandrim está detido a aguardar julgamento.
Fontes: Times of Tokyo/MBS.com/NY Post. Fotos: As três primeiras que se deram conta da fraude, ao encontrarem-se online, avançaram com a ideia de criar a Associação das vítimas de Takashi — depenadas em centenas de milhares de ienes.