O grande júri norte-americano que investigou as suspeitas de interferência da campanha de Donald Trump no resultado eleitoral da Geórgia, durante as presidenciais de 2020, concluiu, num relatório divulgado esta quinta-feira, que "uma ou mais testemunhas" mentiram sob juramento, pedindo aos procuradores que avancem com as condenações.
"A maioria do júri especial acredita que foi cometido perjúrio por uma ou mais testemunhas que prestaram depoimento perante este júri", assinalou o relatório, citado pela CNBC.
O grande júri também decidiu, por votação unânime, que "não houve fraude de larga escala na Geórgia durante as eleições presidenciais de 2020 [que levaram à vitória de Joe Biden] que possa ter resultado em mudanças na eleição".
O grande júri foi convocado em maio para investigar se Trump, os seus advogados e aliados políticos cometeram algum crime ao pressionar funcionários da Geórgia para anular a eleição de Joe Biden. No entanto, ainda não são conhecidas as conclusões do júri especial sobre esse ponto da investigação.
Num processo que decorreu sob o mais absoluto sigilo, o grande júri ouviu o depoimento de 75 testemunhas nos últimos meses, incluindo o ex-advogado pessoal de Trump e ex-presidente do município de Nova Iorque, Rudy Giuliani, além do secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger.
A investigação, levada a cabo pelo procurador Fani Willis, começou pouco depois de, em janeiro de 2021, ter sido conhecido que Donald Trump ter pedido ao secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, que “encontrasse 11.780 votos”, que era o que o ex-presidente precisaria para declará-lo vencedor no Estado.
As restantes conclusões do relatório do júri deverão ser divulgadas ao longo das próximas semanas. A Semana com Lusa