O plebiscito, porém, só será realizado caso seja aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado.
O senador Rogério Marinho, líder da oposição no senado e que pertence ao Partido Liberal de Jair Bolsonaro, disse aos jornalistas que a iniciativa conta com o apoio de 45 senadores, número suficiente para a aprovação do decreto legislativo que seria necessário para a convocação do plebiscito.
"Estamos confiantes de que a grande maioria da população brasileira defende a vida", disse Marinho, rejeitando que a descriminalização do aborto seja decidida "por onze juízes" do Supremo Tribunal Federal.
Na semana passada, o STF começou a julgar a descriminalização do aborto até 12 semanas de gestação num julgamento virtual, que ainda não foi finalizado.
A juíza Rosa Weber, relatora do processo, votou a favor da descriminalização do aborto na abertura do julgamento.
Atualmente, o aborto é proibido no Brasil, exceto em casos de violação, risco de morte para a mãe e se o feto tiver anencefalia.
Ainda não há data para a continuação do julgamento, que pode se estender indefinidamente se algum dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal pedir mais tempo para analisar o caso.
Ao anunciar o plebiscito, os senadores também convocaram manifestações contra o aborto em todas as cidades brasileiras no dia 12 de outubro, feriado em homenagem à Virgem de Aparecida, mas que também é comemorado como Dia das Crianças.
A Semana com Lusa