"A polícia descobriu um grupo criminoso transfronteiriço associado a vários casos de prática de burla, deteve no total seis indivíduos envolvidos", escreveu num comunicado o MP de Macau.
Quatro dos arguidos são "suspeitos de prestar apoio a um grupo criminoso transfronteiriço, instalando equipamentos de comunicação em rede" na região chinesa, com o objetivo de se fazerem passar, entre outros, por funcionários de serviços públicos, polícia, Ministério Público, tribunal e fornecedores de telecomunicações, para a prática de burla.
Os quatro suspeitos "burlaram, em conjunto, pelo menos 45 ofendidos" em cerca de 24 milhões de patacas.
Além disso, continuou o MP no comunicado, outros dois arguidos estão envolvidos na burla de "várias lojas de comércio paralelo e indivíduos que exercem atividades de comércio paralelo", utilizado ictiocola, uma cola feita a partir da bexiga-natatória de um tipo de peixe, "de baixo preço para fingir que eram de alto preço, e vendendo-as às lojas de comércio paralelo”.
De acordo com o Ministério Público, os seis arguidos foram indiciados pelos crimes de branqueamento de capitais, burla, associação criminosa e utilização de dispositivo informático para simular estação de serviços de telecomunicações móveis.
Aos primeiros quatro arguidos foi aplicada a medida de coação de prisão preventiva e aos outros dois pagamento de caução, apresentação periódica às autoridades e proibição de saída de Macau.
Entre janeiro de 2022 e abril de 2023 foram autuados 2.015 inquéritos e deduzidas 508 acusações pela prática do crime de burla, apontou o MP na mesma nota.
A Semana com Lusa